Sem trabalhar há meses, donos de bares, restaurantes, sorveterias, lanchonetes e outros estabelecimentos cogitam ingressar na Justiça pelo direito de retomar atividades em Bauru. Eles contam com apoio de músicos que dependem desses locais funcionando para também trabalhar e sobreviver. Reunidos nesta 4ª feira (22), eles decidiram aguardar a reclassificação do Plano SP que será anunciada pelo governador Doria amanhã (24), para definir o rumo a seguir.
Antes de aventar a possibilidade de uma ação judicial, os empresários dizem ter tentado tudo. “Gastamos nossa gordura e agora acumulamos dívidas”, falou Milton Matsuda, dono de restaurante japonês. A classe defende tratamento igualitário do Poder Público, como alegam que acontece em Maringá, PR, onde todos os setores foram liberados para trabalhar e, quando precisaram fechar, a medida valeu para todos, inclusive supermercados.
O setor coleciona o fechamento de vários estabelecimentos, alguns bastante tradicionais. “Somos um segmento invisível, porque ninguém ouve as nossas reivindicações”, alega um dos comerciantes, que reclama também das regras mais restritivas impostas a eles, como se fossem “causadores da doença” (a pandemia de Covid-19 começou a se alastrar no País, em março). A classe defende ainda que “quanto maior for o período de abertura, menor a probabilidade de aglomerações”.
HORAH – Você sabe das coisas
