Ao menos 30 boxes de comércio irregular foram lacrados pela fiscalização municipal da Prefeitura de Marília nesta 6ª feira (14), instalados ao lado da linha férrea na antiga área da Estação Ferroviária da cidade, Centro. Segundo o chefe da fiscalização Juliano Battaglia, foi dado cumprimento a notificação do Ministério Público Federal (MPF) e, para tanto, a ação contou também com apoio da Polícia Militar.
O local é conhecido como Estação Cultural, por ter abrigado inicialmente projeto social, que, segundo Battaglia, teve a finalidade alterada posteriormente. “A ação foi na antiga Estação Ferroviária de Marília por causa da invasão do local e do comércio irregular que era praticado ali, sem documentação de segurança com auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, sem alvará, sem pagamento de impostos, sem nada”, disse ao HORAH. “Além disso, tenho notificação do MPF em minhas mãos, cobrando providências da Prefeitura contra a invasão e o comércio ilegal”, acrescentou.
PROTESTOS – Comerciantes que ocupavam o local com boxes protestaram com gritos de ordem contra a Administração Municipal e o prefeito Daniel Alonso. Responsável pelo projeto Estação Cultural, Ademar Aparecido de Jesus, o Dema, estava no local durante a lacração dos boxes e também protestou em vídeos nas redes sociais. “Esse recado é pra você, Daniel. Vocês nos usaram para andar e prometer coisas nas favelas e agora estão nos traindo. Isso é traição desse governo!” – disse, afirmando que o comércio no local fazia parte da “valorização das favelas”.
PREFEITURA – Em nota, a Diretoria de Comunicação da Prefeitura informou que “todas as ações de fiscalização são rotineiras, independentes, autônomas e independentes da vontade do prefeito”. Afirma, também, que o objetivo da ação de hoje foi “manter a ordem pública e a segurança da população” que frequentava o local, além de “coibir o comércio ilegal e irregular”. E, por fim, que a PM apenas resguardou o cumprimento da ação.
HORAH – Você bem informado