Acuado politicamente, prefeito estaria sendo aconselhado a renunciar antes da cassação

Abelardinho, agora denunciado pelo GAECO, foi cassado em novembro/23 pela Câmara de Bariri (FOTOS: Reprodução/Vídeo Clube FM)

Para escapar da perda do mandato no julgamento que a Câmara de Bariri, na região de Jaú, marcou para esta 3.a feira (14), Abelardinho Simões precisa de ao menos quatro votos favoráveis

Amigos próximos e familiares estariam sugerindo que Abelardinho Simões (MDB) renuncie ao cargo de prefeito para evitar o desgaste político e pessoal da sessão de cassação de mandato marcada para 18h desta 3.a feira (14), na Câmara de Bariri. HORAH teve acesso a informações de que “a família já sofreu demais” com as acusações do Ministério Público (MP) e do GAECO, as revelações contidas nos vídeos gravados dos depoimentos contra o prefeito e as novas denúncias apresentadas na última 6.a feira (10). “Então colocaram essa opção da renúncia como uma opção para estar o desgaste”, informou uma fonte.

Abelardinho teria ficado de pensar e decidir, o que pode acontecer “a qualquer momento”. A situação política insustentável na câmara, com a base aliada esfarelada, terá peso nessa decisão. Para evitar a cassação, Abelardinho precisa dos quatro votos da antiga base: Evandro Folieni (PP), Ditinho Franchini (PTB), Ricardo Prearo (PDT) e Renato Proti, o Escadinha (MDB), não permitindo os seis votos necessários para arrancá-lo do cargo. Escadinha foi assediado na semana passada, mas não teria garantido apoio; Prearo, tal qual os demais vereadores, votou a favor do relatório da Comissão Processante (CP) que acusou o prefeito de quebra de decoro, sem dizer que o sogro dele, pregoeiro da prefeitura e servidor público há 30 anos, Celso Cavalieri, prestou depoimento ao MP/GAECO que comprometeu Abelardinho.

Dono da Latina, Paulo Ricardo Barboza, preso em Bauru, durante depoimento ao promotor do Gaeco, Nelson Febraio Jr: acusações duras contra Abelardinho (FOTO: Reprodução/MP-GAECO)

Se acaso o prefeito renunciar ao mandato, a sessão de cassação perde objeto e não é realizada. O prefeito evitaria o desgaste de discursos mais acalorados (com exposição de detalhes das acusações sofridas por ele, inclusive de cobrança de propina “mediante extorsão” do dono da Latina Ambiental, Paulo Ricardo Barboza, empresa que venceu a licitação fraudulenta da limpeza pública em Bariri), além do vexame de uma derrota que se prenuncia ser massacrante na Câmara. A renúncia levaria à posse automática do vice Fernando Foloni.

HORAH enviou mensagens ao advogado do prefeito, André Racy, solicitando um posicionamento sobre os últimos acontecimentos envolvendo Abelardinho, e aguarda resposta. O mesmo foi feito em relação ao próprio prefeito, especificamente sobre a possibilidade da renúncia — embora ele tenha declarado no dia da aprovação do relatório da CP, que lutaria até o final para obter a maioria dos votos dos vereadores de Bariri. Portanto, este assunto poderá ser retomado a qualquer momento.

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