ACUSADO DE ESTELIONATO E USO DE NOTAS FRIAS, CAMARINHA VAI DEPÔR EM SETEMBRO

Ação Rescisória de Abelardo Camarinha não é acolhida e ele permanece inelegível, ou seja, sem condições de disputar eleição (FOTO: HoraH)

O ex-prefeito e ex-deputado Abelardo Camarinha continua enrolado com a Justiça, agora em Ação Penal movida pelo Ministério Público Federal (MPF). Ele é acusado de estelionato com uso de notas frias para desviar recursos públicos em benefício próprio, quando ocupava os cargos de deputado estadual e federal. Mês passado, a juíza federal substituta Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves designou audiência para oitiva de testemunhas e do próprio acusado em 15/9, às 14h30.

Segundo o processo, a prática foi sempre a mesma: emissão de notas fiscais frias de publicidade na Rádio 950 (nome fantasia da Rádio Vera Cruz Ltda.), propriedade de Camarinha em sociedade com o radialista Wilson Mattos. Ao depor como denunciado no mesmo episódio, esse último informou que não recebeu qualquer valor das 46 notas fiscais, dando a entender que o dinheiro todo fora embolsado por Camarinha.

A ação está na Justiça Federal desde 2017, desdobrou para investigação de improbidade contra o ex-parlamentar e apontou prejuízo de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos à época. O valor está sendo cobrado com multa de 100% – R$ 2,2 milhões. Duas das notas são de 2014, de quando Camarinha era deputado estadual; as demais de quando foi federal, utilizando recursos da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar.

Camarinha vai depor por videoconferência. Ele apontou três testemunhas na tentativa de se livrar das acusações: o deputado federal Alex Manente (Cidadania), o ex-deputado Milton Monti, de São Manuel, e Jackson Carlos dos Santos, que foi assessor do político mariliense na Assembleia Legislativa de SP (Alesp).

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