ACUSADO DE NÃO PAGAR CONTA DE CAMPANHA, AJEKA É DENUNCIADO AO MP

Vereador Ajeka é desafiado (Foto: Reprodução Facebook)

Ministério Público diz que o caso está sendo analisado; calote em fotógrafo seria de mais de R$ 6 mil

O vereador Élio Ajeka (PP) está sendo acusado de não pagar despesa de campanha e, pior do que isso, de sequer prestar contas dela à Justiça Eleitoral. A denúncia foi feita por A.C.A. em 9/4, encaminhada ao Promotor de Justiça José Alfredo de Araújo Sant’Ana. Após solicitação do HORAH, que foi transferida para o gabinete do também promotor Gustavo Henrique de Andrade Cordeiro, a informação é de que o caso está sob “análise e verificação” – investigar a denúncia, entretanto, trata-se de dever de ofício em situação como esta.

A. diz ter sido contratado para prestar serviços de fotografia na campanha de Ajeka por R$ 6.300,00. Porém, denuncia que não foi pago pelo então candidato, que também não constou a contratação e seu respectivo valor na prestação de contas mandada à Justiça Eleitoral, o que pode configurar crime. Foi então que decidiu fazer “emissão de boleto bancário, enviado por AR [ao vereador Ajeka], com intuito de receber”.

O denunciante informou ainda ao Ministério Público (MP) que tem “todos os áudios e imagens” que possam comprovar os fatos narrados entre ele e o então candidato. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ajeka declarou ter recebido R$ 13.345,00 para a campanha e gastado R$ 12.025,00, sem citar os serviços de A. Ele se elegeu vereador com 2.359 votos. Consultado por HORAH, Ajeka não encaminhou resposta sobre a denúncia até o momento.

Élio Eiji Ajeka é dentista, já foi candidato a vice-prefeito na chapa derrotada de Vinícius Camarinha em 2016 e se elegeu vereador na eleição de novembro de 2020 pelo PP. Segundo secretário da Mesa Diretora da Câmara, recentemente ele foi autor do pedido da CPI da Covid, instaurada para apurar gastos e eventuais omissões da prefeitura no combate à pandemia, tornando-se presidente da investigação. O alinhamento político com o grupo Camarinha coloca Ajeka na oposição ao governo Daniel Alonso (PSDB).

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