Ontem, sexta-feira (27), o porto intermodal da Hidrovia Tietê-Paraná, em Pederneiras, no interior de SP, recebeu a última barcaça antes da paralisação das operações de transporte de carga pelo rio.
A estiagem que já vinha há algum tempo afetando o transporte de carga na hidrovia levou o sistema a seu nível crítico na região do porto, que anunciou a interrupção das operações a partir desta sexta. A última barcaça saiu do Porto de São Simões, em Goiás, carregado com farelo de soja.
O transbordo da carga deve levar cerca de 24 horas. Depois disso, a barcaça irá ficar estacionada no porto junto com as demais que já estavam paradas desde julho. Apenas 10% das embarcações estavam em operação e com a capacidade reduzida em 30% de carga.
A capacidade de carga delas foi reduzida para poder navegar pelo trecho do Tietê, que está no nível mínimo, 2,20 metros de profundidade.
A interrupção foi uma decisão das empresas que operam no porto, que já haviam previsto a paralisação para esse fim de semana.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano de Pederneiras, Paulo Fernando Sampaio Galvão Filho, por conta da baixa carga permitida por barcaça, diante do baixo nível do rio, a operação ficou inviável financeiramente, o que levou o setor a optar pela paralisação.
O secretário ressalta que, apesar do anúncio, o porto intermodal de Pederneiras segue tecnicamente em condições de operação e que a paralisação é uma opção financeira das empresas.
Para poderem passar no trecho de Buritama, as barcaças estão dependendo que a usina hidrelétrica de Nova Avanhandava libere mais água para provocar as chamadas “ondas de vasão”’, quando o nível da água aumenta por algum tempo e as embarcações não encalham.
HORAH – Informação é tudo