Agora vai? – RAFAEL FALA, CRITICA, JUSTIFICA, MAS NÃO ESPECIFICA REABERTURA ECONÔMICA

Rafael, em 18/6, afirmou que testagem em massa era 'jogada política' e não jogaria dinheiro fora com isso: mudou de ideia (FOTO: Reprodução TV Câmara)

Prefeito de Jaú se pronunciou na Câmara e anunciou decretos para “os próximos dias”

O prefeito Rafael Agostini criticou prefeitos da região que “jogam pra torcida” em relação à pandemia do coronavírus e, depois, mandam pacientes para Jaú, e o Governo do Estado, que “perdeu a mão” na classificação dos municípios, para anunciar que editará decretos “nos próximos dias” com flexibilizações da economia de Jaú. Ele não foi específico nos mais de 30 minutos de pronunciamento no plenário da Câmara Municipal, na tarde desta 5ª feira (18), mas citou alguns setores que deverão ser contemplados.

O prefeito tentou se explicar e justificar, mas alguns setores bastante prejudicados só deverão ser contemplados agora (FOTO: Reprodução TV Câmara)

NÚMEROS – “Vamos agir de acordo com os nossos dados técnicos”, pontuou diversas vezes o prefeito, que também afirmou que Jaú foi a cidade que, “talvez, tenha sido uma das primeiras a adotar medidas de prevenção” contra o coronavírus. Não tivesse sido isso, “hoje a situação poderia estar muito pior do que está”, enfatizou Rafael. No final da tarde, o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde cravou 320 casos positivos de Covid-19 na cidade (18 mais do que no dia anterior), 187 suspeitos e 10 mortes de pacientes jauenses. Para o prefeito, indicadores de um “cenário de estabilização” da pandemia.

TUDO DE NOVO – Visivelmente irritado em alguns momentos, Rafael disse que “faria tudo de novo”, justificou não ter aderido às flexibilizações permitidas pelo Estado anteriormente (como abertura de academias, bares e restaurantes) porque aguardava embasamento técnico-científico e festejou o fato de o Ministério da Saúde, finalmente, ter liberado mais 10 leitos de UTI para tratamento de Covid-19 na Santa Casa. “Hoje temos 33 leitos só para Covid na cidade”, acentuou.

RETOMADA – A crítica aos prefeitos da região foi no sentido de que liberam tudo, mas, “quando a boca aperta, botam paciente na ambulância e mandam pra ser atendido em Jaú”. Rafael questionou: “Quem paga essa conta?”. Ele falou que decidiu não aderir ao Pacto Regional liderado por Bauru justamente por isso. Mas sinalizou que agora já é possível traçar “um plano de retomada” de setores como os da estética e beleza, bares e restaurantes, ainda que sob “rigoroso protocolo sanitário”. Rafael disse entender “a dor e a angústia” dos empresários desses ramos, mas ponderou que age “com base em números e estudos técnicos”.

HORAH – Jornalismo com Credibilidade