“A proteção que tem essa empresa é coisa absurda!”, resume um deles
A concessionária Águas de Jahu e a agência reguladora Saemja seguem na mira dos vereadores. São muitos os questionamentos sobre os serviços e a fiscalização deles e inúmeras as críticas à empresa e à reguladora. Sinal evidente do descontentamento da população e da falta de resultados aparentes às queixas, ao ponto do vereador Tito Coló (PSDB) resumir: “A proteção que tem essa empresa é uma coisa absurda!”
Fábio de Souza (PSDB) invocou o Art. 60 do estatuto da reguladora Saemja, que não prevê cobrança para “substituição e instalação de hidrômetro”, para afirmar que “não é isso o que está acontecendo”. Ele apresentou conta em que “substituição do hidrômetro custou R$ 47,24” e fez vários questionamentos. Fábio também quer saber se a concessionária cobra a aferição do equipamento, se isso pode ser feito por outra empresa e concluiu: “Só no lombo do povo? Estou atento.”
Bill Luchesi (Cidadania) citou portarias que exigem o monitoramento da potabilidade e análises que indiquem a qualidade da água servida à população de Jaú. Ele quer informações da reguladora Saemja sobre os laudos dessas análises, cópias mensais desde o início da concessão e “sanções tomadas” contra eventuais problemas. O vereador também pergunta se Saemja e Vigilância Sanitária já realizaram “fiscalização conjunta” na Águas de Jahu e o relatório dessas ações.
Líder do governo na Câmara, Rodrigo de Paula (PP) acionou o Procon municipal sobre “a quantidade de ações movidas por munícipes, nesses últimos anos, em relação aos serviços prestados” pela concessionária. Ele pretende saber quantas queixas viraram processos e quantos deles resultaram em condenações. Rodrigo é autor da comissão de estudos sobre o contrato de concessão e a qualidade dos serviços em Jaú.
Durante a campanha eleitoral e nos primeiros meses de mandato, o prefeito Ivan Cassaro (PSD) prometeu agir contra eventuais falhas da concessionária. Ele até anunciou que mandaria projetos à Câmara para instalação de válvulas bloqueadoras do ar na rede de água, que estaria aumentando o valor das contas, e um possível rompimento do contrato de concessão. Como não fez nem uma coisa nem outra, chegou a ser desafiado pelo vereador Borgo (PDT) e não reagiu.
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