Ex-concessionária do DAEM para exploração de poço profundo no Palmital, Zona Norte, a empresa Águas Marília conseguiu autorização judicial para perícia na autarquia, que deverá instruir futura ação de cobrança. A contabilidade, equipamentos e a estrutura antes operados pela empresa vão estar na mira dessa perícia a partir da próxima 6ª feira (3). Titular da Vara da Fazenda Pública de Marília, o juiz Walmir dos Santos Cruz deu prazo de 30 dias para conclusão dos trabalhos.
Desde março de 2016, pouco mais de um ano antes de vencer o contrato de 20 anos da Águas Marília com o DAEM, que a empresa cobra dívida apontada por ela no valor inicial de R$ 16 milhões. A alegação é que se trata de juros e multas decorrentes de atrasos nos pagamentos feitos pela autarquia pela água fornecida pela empresa. No início de 2017 o DAEM contestou judicialmente o valor, já reduzido para R$ 12 milhões, e, agora, teria estabilizado em R$ 9 milhões (ninguém confirmou os números oficialmente).
HISTÓRIA – A Águas Marília perfurou o poço e o explorou a partir de 1997, na gestão do ex-prefeito Abelardo Camarinha. Durante 20 anos ela captou, tratou e vendeu a água ao DAEM, que gastava mensalmente entre R$ 400 mil a R$ 500 mil. Para a atual gestão, o contrato era oneroso demais para o Município; em entrevista via assessoria de imprensa em 2017, o acionista da Águas Marília, Marco Botter, definiu o contrato como “extremamente vantajoso para o departamento e, consequentemente, para a população”. Em novembro do ano passado o DAEM não renovou o contrato e assumiu o poço e a estrutura deixados pela Águas Marília.
(F0TO: HoraH – Poço explorado pela Águas Marília no Palmital por 20 anos; DAEM assumiu estrutura em novembro do ano passado)
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