AME DE BOTUCATU VIRA HOSPITAL DE CAMPANHA E PACIENTES DA REGIÃO SERÃO REDISTRIBUÍDOS

DRS DE BAURU VAI PRIORIZAR ‘CASOS GRAVES’, QUE PRECISAM ‘FECHAR DIAGNÓSTICO’, EXPLICA DIRETORA

Adaptado para funcionar como hospital de campanha da Covid-19, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Botucatu, a 81 km de distância de Jaú, deixa de atender pacientes ambulatoriais a partir da 2ª feira (22). E essa passa a ser uma preocupação a mais para a Saúde na região, inclusive Jaú, que encaminha pacientes para Botucatu.

“Os atendimentos vão ser suspensos”, confirmou ao HORAH a diretora do DRS Bauru, Doroti Alves Ferreira, responsável por 68 municípios, dentre eles Botucatu e Jaú. Ela disse que está analisando a lista de pacientes do AME “pra ver o que fazer”, mas a saída será encaminha-los para outras cidades. “Vamos tentar atender primordialmente aqueles que precisam fechar diagnóstico, as coisas mais complexas e que precisam de rapidez”, explicou.

Doroti acredita que o agendamento dos novos atendimentos ficará para o começo de abril. Ela estuda mandar os pacientes para o AME de Promissão (região de Lins), de Bauru ou para o ambulatório do HC de Botucatu, que é destino mais provável para os jauenses, por exemplo. “Vou tentar direcionar pra lá”, confirmou a diretora do DRS.

Reunião de prefeitos da região no Salão Nobre da Prefeitura de Jaú: preocupação com a saúde (FOTO: Divulgação)

Preocupado com essa situação, o prefeito de Jaú, Ivan Cassaro, iniciou gestões com o governo do estado para instalação de um AME na cidade. O vice-prefeito Tuco Bauab se reuniu em SP durante a semana com o secretário do Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, para tratar do assunto. “Ele foi receptivo, pediu pra gente enviar fotos dos prédios que podem abrigar o AME e voltar a falar depois”, disse Tuco. De qualquer maneira, todos sabem que por mais rápida que seja essa solução, demanda tempo para ser implementada.

Outra reivindicação jauense é de uma subdivisão do DRS Bauru, defendida também pelos prefeitos das 11 cidades da microrregião. Ivan reuniu os prefeitos mais de uma vez para tratar do assunto e o sentimento unânime é de que a região estaria “abandonada”. A ideia é que Jaú receba recursos do Estado para gerenciar as ações de saúde nesta microrregião – que já utiliza a Santa Casa como hospital de referência para atendimentos do SUS.

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