Após conseguir retomar presidência, CP marca início do processo de cassação de Giseli, em Gália

Giselie e Sara: novo embate político em Gália, agora para cassação de mandato (FOTOS: Reprodução internet)

Depoimentos dela e do prefeito Renato serão tomados na próxima 2.a feira (11); outro fato político importante foi a confirmação da condenação do prefeito ao regime semiaberto por dirigir embriagado, o que pode levar à perda do cargo

A conhecida lei da ação e reação está sendo aplicada em sua plenitude na política de Gália, região de Marília. Depois de ter sido destituída por manobra política de legalidade questionável e conseguir retomar a presidência da Câmara por meio de liminar concedida pelo Tribunal de Justiça (TJ), agora a vereadora Giseli Simões enfrenta processo de cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar.

Audiência para tomar os depoimentos de Giseli e do prefeito Renato Gonçalves foi agendada pela presidente da Comissão Processante (CP), vereadora Sara Faria, para 2.a feira (11), a partir das 13h30. Horas mais tarde, às 20h, Giseli irá presidir a primeira sessão ordinária da Câmara após a volta à presidência – durante a semana ela conduziu audiência pública da Lei Orçamentária 2024 de Gália, mas só o vice-presidente Adão Sanavio participou remotamente, visto estar se recuperando de um acidente; todos os demais se ausentaram.

Nesse meio tempo, na 6.a feira (8) o relator Maurício Fiorito, da 4.a Câmara de Direito Público do TJ, despachou em Agravo Interno Cível proposto pelo 1.o secretário da Mesa Diretora da Câmara, Nilton Massuda, pedindo a suspensão da liminar que reconduziu Giseli à presidência. Foi dado prazo de 15 dias para ela se manifestar, antes do andamento da medida.

Renato, prefeito de Gália, pode ser afastado do cargo após confirmação de condenação em instância superior (FOTO: Reprodução internet)

PREFEITO CONDENADO – Outro fato político importante em Gália (até porque envolve desafeto da presidente Giseli), foi a negativa do Superior Tribunal de Justiça (STJ) à tentativa do prefeito Renato de transformar condenação de prisão em regime semiaberto para aberto. Por dirigir embriagado e provocar acidente em rodovia de Marília em 30/8/2019, ele foi condenado a 6 meses de detenção e pagamento de multa, além da suspensão do direito de dirigir.

O entendimento do STJ foi de que o regime semiaberto “é adequado (…), em razão da reincidência” do prefeito em dirigir sob efeito de álcool. A decisão foi assinada pelo ministro Antônio Saldanha Palheiro, datada de 30/10, mas só divulgada agora. Segundo advogados consultados por HORAH, por se tratar de condenação mantida em instância superior, essa medida pode levar ao afastamento do prefeito Renato do cargo; se isso de fato acontecer, assumirá a vice Ana Bortoletto.

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