Após contrato assinado, caminhões de lixo vão pra rua e previsão é normalizar coleta até 4.a feira

Vereadora Dra. Daniela e, enfim, o extrato do contrato firmado com a empresa do lixo publicado no Jornal Oficial de Jaú: na base da pressão (FOTOS: Reprodução HoraH)

Contrato emergencial só foi assinado pela Prefeitura no final da tarde da 5.a feira 17, após pressão de vereadores da oposição; valor é de R$ 9,9 milhões para 15 caminhões

Coleta do lixo acumulado nos últimos 10 dias em Jaú deve estar totalmente normalizada até a 4.a feira 23, sendo levado direto para o aterro sanitário da cidade de Piratininga, a 95 km de distância. A previsão foi dada pelo dono da empresa LSPM Engenharia Ambiental à vereadora e advogada Dra. Daniela Rodrigueiro (PDT) na última 5.a feira 17, quando finalmente foi assinado o contrato emergencial com a prefeitura para fornecimento de caminhões e motoristas para a coleta e destinação do lixo.

“Finalmente o contrato foi assinado. Passamos o dia aqui (na prefeitura), até que esse problema fosse resolvido, pelo menos no que diz respeito à regularização da coleta”, disse a vereadora em live feita no início da noite, em frente ao Paço Municipal. Ela e o também vereador Mateus Turini, do mesmo partido, não desistiram até que a prefeitura formalizasse a documentação para a empresa poder trabalhar. “Foi um compromisso nosso, do PDT. Agora vamos analisar a documentação, se está tudo em ordem, se houve algum tipo de falha e ver que providência tomar”, concluiu.

O contrato foi publicado na edição do próprio dia 17 do Jornal Oficial de Jaú. São R$ 9,9 milhões para a contratação de 14 caminhões de lixo efetivos e um de reserva diariamente, mais os motoristas, para a coleta e o transporte até o aterro sanitário. A contratação dispensou licitação e seguiu o mesmo valor firmado inicialmente com empresa de São Carlos que, entretanto, abriu mão do serviço por não dispor de todos os caminhões. A LSPM é a mesma empresa que já vinha fazendo a coleta, mas cujo contrato previa somente cinco caminhões diários, por falha da própria prefeitura.

Durante sessão legislativa na manhã da 5.a feira, vereador Mateus deixou claro que, apesar do que havia sido informado à imprensa pela administração, não havia ainda contrato formal para garantir que a empresa trabalhasse. Ele disse que na noite anterior o dono da empresa telefonou para informar que tinha assinado o contrato, porém, quem não havia assinado era a prefeitura, o que só ocorreu na base da pressão, no final da tarde da 5.a feira.

Para recolher o lixo acumulado nas ruas da cidade, os novos caminhões trabalharam durante o feriadão inteiro, exceção do domingo de Páscoa, com previsão de regularizar tudo no máximo até a próxima 4.a feira. O contrato com a prefeitura prevê pagamentos mensais, com até 15 dias após o vencimento. Apesar da demora para formalizar o contrato, o Termo de Referência foi elaborado pelo secretário do Meio Ambiente Giovani Fabrício no dia 4 deste mês, o que mostra a lentidão da administração para resolver um problema tão sério.

Dra. Daniela ficou na Prefeitura praticamente a tarde da 5.a feira 17 inteira, até que o contrato do lixo fosse finalmente assinado para regularizar a coleta do lixo (FOTO: TV Câmara/Reprodução)
Na Câmara, vereador Mateus provou que empresa havia assinado contrato, mas Prefeitura, não (FOTO: TV Câmara/Reprodução)
Nos bairros, lixo acumulou nas calçadas à espera do caminhão da coleta por muitos dias (FOTO: Reprodução/Redes sociais)

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