A briga é política, já que a decisão judicial se deu em ação proposta pelo deputado e ex-prefeito Vinicius Camarinha, mas a população deve ser beneficiada se as passagens forem mesmo totalmente subsidiadas pela prefeitura de Marília
O prefeito Daniel Alonso anunciou oficialmente a intenção de criar um subsídio para custeio da tarifa dos ônibus urbanos, como HORAH já noticiou, quando ainda era apenas uma possibilidade. Em uma live na noite da 5.a feira 15, Daniel afirmou que os estudos já estão sendo realizados pelo governo e que uma das ideias é instituir tarifa zero no transporte coletivo – ou seja, sem nenhum custo para os usuários, como já acontece em algumas cidades paulistas.
Assessor especial de governo, Dr. Alysson Alex participou da live e disse que “o governo Daniel é reconhecido pela responsabilidade na gestão, por isso, se o estudo técnico permitir, o subsídio total poderá, sim, ser adotado”. Contudo, advertiu que “nada será feito sem uma ampla análise do impacto dessa decisão no orçamento municipal”. Ele também alfinetou a oposição, que foi à Justiça e obteve decisão liminar suspendendo os efeitos do decreto municipal que reajustou a tarifa dos ônibus para R$ 5,75, para vigorar a partir do dia 20. “É errado dizer que Marília possui a maior tarifa do Estado. A Justiça foi induzida a erro e, por isso, a liminar será derrubada sem muita dificuldade”, garantiu.
Daniel também falou da ação levada à Justiça pelo deputado e ex-prefeito Vinicius Camarinha, afirmando que ela “vai do nada a lugar algum, apenas para enganar a todos”. O prefeito disse que a medida “não passa de um teatro para afagar o ego político de opositores ao atual governo, que estão fazendo um verdadeiro palanque político”. O chefe de gabinete Levi Gomes também participou da live.
Por fim, para justificar o aumento na passagem, Daniel lembrou que ela não era reajustada há mais de três anos e que o contrato do município com as empresas do transporte coletivo, assinado na gestão do ex-prefeito Vinicius, prevê reequilíbrio financeiro obrigatório. O prefeito repetiu que as empresas apresentaram reivindicação técnica de tarifa a R$ 8,10, mas que “negociamos e estabelecemos R$ 5,75, mas agora vamos encaminhar à Câmara um projeto de lei para instituirmos o subsídio”.
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