Marília não vai mais sediar etapa da Copa SP de Futebol Jr em 2025, a tradicional Copinha. A desistência foi anunciada pelo dirigente do Marília Atlético Clube (MAC), advogado Alysson Souza e Silva, depois de ter conversado sobre o assunto com o prefeito Daniel Alonso. Em uma rede social, o dirigente escreveu: “Marília não vai ser sede da Copinha. Vou comunicar a Federação Paulista de Futebol (FPF)”.
A bem da verdade, a desistência se deu depois que a Vara da Fazenda Pública estendeu os efeitos da liminar que já havia suspendido 16 licitações de valores milionários abertas pela atual gestão para também contemplar licitação aberta para financiamento da Copinha. O certame foi publicado menos de 24 horas depois da liminar. O juiz Walmir dos Santos Cruz ponderou que a administração não está honrado sequer os repasses para o IPREMM, que tem atrasado aposentadorias e pensões, então não vê lógica em financiar ‘competição esportiva juvenil’.
À imprensa, Alysson declarou que a administração não irá recorrer da liminar da Copinha. “A gente vai acatar a vontade do prefeito eleito e respeitaremos a decisão judicial”, disse, lamentando que a competição não seja realizada na cidade, já que “fomenta a economia”. A liminar que suspendeu 17 licitações deste fim de governo de Daniel, no valor total de cerca de R$ 80 milhões, foi resultado de ação popular levada à Justiça pelo prefeito eleito Vinicius Camarinha, temendo que elas comprometessem as finanças municipais no início do mandato dele. A Justiça considerou as licitações não prioritárias, por isso suspendeu todas elas.
No caso da Copinha, o custo do evento seria bancado com dinheiro público: R$ 385,2 mil para alimentação de atletas e delegações e R$ 236,7 mil para hospedagem, totalizando R$ 621,9 mil em janeiro de 2025. Em 2023 e 2024 a Copinha foi paga com recursos da prefeitura estimados em R$ 1,1 milhão.
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