Definição dos candidatos a vice-prefeito entra na reta final com a proximidade das convenções partidárias, que vão de 20/7 a 5/8; veja especulações
A definição dos candidatos a vice-prefeito para as eleições de 6 de outubro deste ano entra na reta final com a proximidade do período das convenções partidárias, que começa daqui a 10 dias e vai até 5/8. Nenhum dos pré-candidatos a prefeito ainda anunciou oficialmente o vice, mas todos trabalham nos bastidores políticos em busca das melhores opções. E como se costuma dizer no meio político, vice bom é aquele que não aparece, que tenha voto ou que contribua financeiramente com a campanha.
Reunir essas ‘qualidades’ todas não é tarefa fácil, mesmo que o último item, o financeiro, seja representado pelo fundo partidário. Dos nomes que flutuam na praça, o do vereador Rogério Alexandre da Graça, o Rogerinho (PP), é o que mais se aproxima disso tudo: ele tem experiência de sobra para saber se posicionar politicamente como vice; tem demonstrado desenvoltura ao circular em todos os meios sociais, o que pode se converter em votos; e o partido dele tem recursos para ajudar na campanha.
Não à toa, Rogerinho chegou a se posicionar como pré-candidato a prefeito, depois foi ‘namorado’ pelo governo para ser vice do escolhido do prefeito Daniel Alonso (PL) para a disputa da sucessão — no caso, acabou sendo o advogado, ex-secretário municipal e ex-procurador-geral do município Ricardinho Mustafá (PL); mas como esse namoro não vingou e Rogerinho é egresso do grupo dos Camarinha, ficou naturalmente mais perto de ser o vice do deputado e pré-candidato a prefeito Vinicius Camarinha (PSDB).
“Ainda não tem nada certo, estamos conversando”, sustentou Rogerinho ao ser abordado por HORAH nesta 4.a feira 10. Nem assessores de Vinicius confirmaram, já que o deputado não retornou os contatos da reportagem sobre o assunto, e ainda disseram que “essa é uma questão que será definida somente na convenção, não agora”. Mas eventual composição entre os dois preocupa adversários, que não negam a vantagem de Vinicius na corrida à sucessão; com Rogerinho, seria mais um empurrão e tanto.
Com 20 anos de vida pública, Rogerinho é vereador de primeiro mandato, mas já foi assessor na Câmara, no DAEM e na Prefeitura, quando cuidou dos Assuntos Estratégicos da gestão Ticiano Toffoli; foi coordenador na Emdurb de 2010 a 2011; presidiu a Codemar de 2013 a 2017 na gestão Vinicius; foi coordenador geral da Secretaria de Estado do Meio Ambiente na gestão de Ricardo Sales, que depois foi ministro de Bolsonaro e hoje é deputado federal; e por pouco não assumiu a presidência do DAEM no governo Daniel.
DEMAIS – Os outros pré-candidatos a prefeito também correm atrás do melhor vice para suas campanhas. Sem emplacar Rogerinho, Daniel pode optar por alguém do próprio PL para dividir a chapa com Ricardinho; Garcia da Hadassa (Novo), já sondou a delegada aposentada Rossana Camacho (PSD) e, hoje, pode optar por outra mulher, militar e negra, mas cujo nome ainda não foi revelado; Eduardo Nascimento (Republicanos) não fez ainda qualquer sinalização sobre o vice, mas cogita-se que possa ser um empresário; João Pinheiro (PRTB) disse que prefere uma mulher; e Flávio Rino, o Vico (PV), aguarda a definição que viria da Federação PV-PT-PCdoB.