Ar na rede – CHUPETA VAI AO MP EXIGIR QUE SAEMJA E PREFEITO CUMPRAM A LEI

Vereador Chupeta denunciou o caso ao Ministério Público e cobra Cetesb (FOTO: Reprodução TV Câmara)

(…) o Executivo se mantém inerte, não tendo promovido qualquer medida direcionada à efetivação (…) e fiscalização da lei. Sendo assim, o consumidor continua sendo cobrado indevidamente pelo ar que chega ao hidrômetro juntamente com a água” – denuncia o vereador Luiz Henrique Sousa, o Chupeta, em representação protocolada nesta 6.a feira (22) no Ministério Público (MP) de Jaú. Ele pede aos promotores de Justiça medidas para exigir o cumprimento da lei municipal 5.248/2019, que obriga a concessionária Águas de Jahu a instalar bloqueadores de ar na rede de água da cidade.

“Fiz o projeto, que foi votado e aprovado pela Câmara, mas a concessionária foi à Justiça e ganhou liminar no Fórum de Jaú para não cumprir a determinação legal, alegando que vereador não podia fazer esse tipo de lei; nós recorremos ao Tribunal de Justiça (TJ), que mudou a sentença. A partir daí, a concessionária tem que cumprir e instalar as válvulas”, disse Chupeta após protocolar a representação no MP. Desde 30/9/2021 que a decisão do TJ transitou em julgado, não cabendo mais apelação.

“Ocorre que a empresa tem se recusado, reiteradamente, a obedecer as medidas impostas, alegando que a questão está sub judice“, diz o vereador na representação. Ele também estranha o fato de a agência reguladora Saemja, responsável por fiscalizar a execução dos serviços de água e esgoto em Jaú, “apresentar a mesma justificativa”. Como nem Saemja nem o prefeito Ivan Cassaro tomam providências, e na tentativa de impedir que os consumidores continuem pagando ar por água na medição de consumo dos hidrômetros, Chupeta pede providências do MP, “o quanto antes”.

Cumprimento da lei evitaria pagamento de ar ao invés de água em Jaú (FOTO: Reprodução documento oficial)

Curiosamente, o enfrentamento desse problema em Jaú foi um dos focos da campanha eleitoral do prefeito Ivan. Ele costumava dizer que seria a primeira medida que tomaria ao assumir a prefeitura. Porém, 10 meses depois, não tomou nenhuma providência efetiva contra o excesso de ar na rede de água – embora tenha reconhecido a existência do problema na justificativa de projeto que mandou à Câmara, muito parecido com o de Chupeta, mas que, se aprovado, volta o assunto à estaca zero; muito mais razoável seria exigir o cumprimento da lei do vereador, que está em pleno vigor e cuja constitucionalidade já foi reconhecida pelo TJ.

HORAH – Você sabe das coisas