Assis – FLAGRADA EM VÍDEO, PROFESSORA É ACUSADA DE CASTIGAR E TORTURAR ALUNOS

Imagens das câmeras de monitoramento da própria escola registraram comportamento agressivo da professora (FOTO: Reprodução TV Tem)

A Justiça de Assis, a 75 km de Marília, negou pedido do Ministério Público para prender professora de 61 anos, ex-sócia de escola infantil, acusada de aplicar castigos e torturar alunos de 4 e 5 anos. O caso está sob sigilo de Justiça e a professora, afastada das funções, responde a processo baseado em inquérito policial onde constam inclusive imagens de câmeras de monitoramento da própria escola, que atende de bebês a crianças com até 6 anos de idade.

VÍDEOS – Os vídeos foram divulgados pela TV Tem. Nas imagens de 22/8 do ano passado, a professora deixa a sala e um dos alunos vai atrás dela; daí a pouco ela volta puxando o aluno pela camiseta e empurra o menino contra a cadeira. Após dar um tapa na mesa, a professora vai em direção a outro aluno, que é puxado pelo cabelo e chacoalhado. Outro vídeo, de 23/10, mostra a professora empurrando uma aluna e, com brutalidade, tentando ajeita-la na cadeira.

POLÍCIA – A polícia tomou o depoimento de uma mãe que presenciou agressões ao chegar à escola e tocar a campainha. “Ela (professora) levantou com raiva, pegou uma criança pequena, tirou do chão e colocou no carrinho com toda a força, e ainda deu três safanões nesta criança”, declarou ao portal G1. A mãe disse que a professora ainda chacoalhou o aluno e jogou um pano no rosto dele. Outros pais também se queixaram à polícia após acessar as câmeras da escola pelo celular, o que motivou a abertura da investigação.

PRISÃO NEGADA – Responsável pelo caso, a delegada Adriana Pavarina disse que a conduta agressiva da professora era constante, agindo sempre com “puxões de cabeço, arrastões pelo braço, batendo forte na carteira para pedir silêncio das crianças”. A professora trabalhava na escola há 8 anos e se tornou sócia há 5 meses. Entre as vítimas, há relatos de crianças que ficaram gagas e amedrontadas, indícios mais que suficientes, para a delegada, de que houve crime. A defesa da professora nega, afirma que era de conhecimento dos responsáveis pela escola que ela vinha passando por tratamento psiquiátrico e que, ao longo do processo, provará a inocência dela.

Delegada Adriana, da DDM Assis, responsável pelo caso envolvendo as crianças e a professora (FOTO: Reprodução AssisCity)

A Justiça acatou denúncia do MP e a professora agora é ré no processo por castigo e crime de tortura. Pedido de prisão preventiva contra ela, que estaria ameaçando mães de alunos, foi negado. Contudo, a Justiça determinou que a professora não tenha contato com vítimas ou testemunhas e que se mantenha a, no mínimo, 100 metros de distância delas.

HORAH – Você sabe tudo