Assustador – CIDADE CONFIRMA MAIS 21 CASOS DE COVID-19 EM APENAS 24 HORAS

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SECRETÁRIO SE DIZ IMPRESSIONADO E TEME POR UMA TRAGÉDIA; KAKAI CRITICA FALTA DE RESPEITO AO ISOLAMENTO

A pandemia do coronavírus está ganhando contornos dramáticos em Jaú, que levou “mais de 40 dias para chegar a 11 casos” positivos de Covid-19, “pouco mais de uma semana para atingir 36” e, só nas últimas 24 horas, contabilizou mais 21 doentes. O boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura no final da tarde desta 4ª feira (6) registrou 57 pacientes com diagnóstico positivo de Covid-19 e 22 suspeitos.

kakai é porta-voz do comitê gestor da pandemia em Jaú: “preocupado como nunca” (FOTO: Reprodução Facebook)

Para o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Econômico Carlos Ramos, o Kakai, porta-voz do comitê gestor da pandemia na cidade, este foi “um crescimento, uma escalada de casos muito preocupante e assustadora”, provando que a doença ainda não atingiu o pico. Esses 58% de casos a mais em um só dia “está nos impressionando”, enfatizou Kakai, que culpa “a falta de respeito ao isolamento nas últimas semanas, com as pessoas querendo voltar pra vida normal, para o lazer, fazendo os casos da doença pipocarem por toda a cidade”.

RISCO DE TRAGÉDIA – Dizendo-se “preocupado como nunca” e “temendo pelo pior”, o secretário falou ao HORAH que “há risco de se perder o controle” da situação, e clamou pela compreensão da população. Sobre a interdição de espaços públicos como o kartódromo, a praça do Rio Jaú e o Lago do Silvério para evitar aglomerações, Kakai disse que “isso é como tentar segurar água, mas que deve funcionar como medida educativa”. E não descartou, se necessário, fechar outros espaços e até ruas e avenidas para evitar que as pessoas continuem circulando e se expondo ao coronavírus.

Com 9 pessoas na UTI, o secretário avaliou que o quadro “só não está pior” por causa do convênio do Município com a Santa Casa que ampliou de 10 para 20 os leitos para Covid-19, além de mais 20 de enfermaria, exclusivos para suspeitos. “A taxa de ocupação que seria de 90%, caiu para 40%, mas é preocupando porque a pessoa fica na UTI muito tempo, às vezes três, quatro semanas e, se chegar mais gente nesse período, corre o risco de ficar sem leito”, pontuou Kakai.

IRRESPONSABILIDADE – Ele também condenou as “savanas” promovidas pelos jovens nos finais de semana em avenidas e outros locais públicos para se reunir e beber. “Eles acham que a vida está normal, mas depois a Santa Casa fica recebendo pessoas com coronavírus, que não são jovens e que por conta dessa irresponsabilidade deles acabam contaminadas, sem merecer”, disparou. Kakai advertiu que paciente na UTI não pode receber visita e, se morrer, é enterrado imediatamente, sem velório nem despedida dos familiares. “Essa ignorância de parte das pessoas vai matar mais do que o próprio vírus”, previu.

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