Ataque a médicos no RJ: irmão de deputada será sepultado em Prudente; outro, formado em Marília, é único sobrevivente

Os ortopedistas no quiosque na Barra da Tijuca, RJ, pouco antes do ataque a tiros: só o de camisa azul e óculos, formado em Marília, sobreviveu (FOTO: Reprodução redes sociais)

O médico ortopedista Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, segue internado em hospital do RJ se recuperando de ao menos três tiros que levou durante ataque a grupo de médicos paulistas que ia participar do 6.o Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. Ele é o único sobrevivente das quatro vítimas do ataque a tiros quando estavam em quiosque à beira-mar na Barra da Tijuca, na madrugada da 5.a feira 5.

Daniel é formado pela Faculdade de Medicina de Marília (Famema). Boletim médico divulgado na noite de ontem pelo hospital diz que ele está “lúcido, orientado e respira sem o auxílio de aparelhos”; quanto ao estado clínico geral, diz o boletim que “seu quadro de saúde é estável”, sem, entretanto, citar qualquer previsão de alta.

Diego Ralf será sepultado nesta 6.a feira 6 em Presidente Prudente: irmão de deputada federal (FOTO: Reprodução redes sociais)

O médico Diego Ralf Bomfim, 35, que morreu no ataque, está sendo velado e será sepultado nesta 6.a feira 6 em Presidente Prudente, no oeste paulista. O ortopedista era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim, do PSol. Ao desembarcar na cidade ontem, ela disse que o irmão “só orgulhava a família” e que “foi difícil para os nossos pais conseguirem forma-lo como médico”, que Diego foi bolsista na faculdade, mas “conseguiu chegar muito longe” na carreira.

Também foram mortos os médicos Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, de 33. Este último, segundo a polícia, pode ter sido confundido com o miliciano carioca Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que acabou de ser colocado em liberdade. Traficantes rivais passaram, viram Perseu e começaram a disparar contra o grupo, depois ainda voltaram para conferir se o homem parecido com Taillon estava morto, e fugiram.

A polícia trabalha com essa linha de investigação: ataque e mortes por engano. Ontem à noite, a Delegacia de Homicídios do RJ encontrou dois carros com corpos de três traficantes, entre eles Philip Motta Pereira, o Lesk, suspeito de participar do ataque aos médicos. Teriam sido mortos pelo tráfico justamente pela ação equivocada. Diante de todos os fatos, o ministro da Justiça Flávio Dino determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações.

O miliciano Taillon e o médico Perseu: semelhança entre eles pode ter levado traficantes ao erro (FOTOS: Reprodução web)

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