A Justiça mandou tirar a Rádio 950 AM do ar por não ter respeitado o horário eleitoral obrigatório. A decisão é deste domingo (23), assinada pelo juiz auxiliar da propaganda eleitoral de Marília, Afonso Celso da Silva. A medida deve ser cumprida nas 48 horas seguintes à intimação da rádio e de seu sócio-proprietário, o deputado estadual Abelardo Camarinha (PSB).
Ação proposta pela candidata a deputada estadual Daniele Alonso, filha do prefeito Daniel Alonso, indicou que nos dias 10 e 11 Camarinha fez ataques a ela, mesmo que indiretamente, e à gestão do pai na Prefeitura, e defendeu a candidatura do filho dele, o ex-prefeito Vinícius Camarinha (PSB). Detalhe: tudo isso invadindo o horário de propaganda eleitoral gratuita e obrigatória na Rádio 950, o que é considerado crime.
Na defesa da 950 e de Camarinha, o advogado Cristiano Mazeto alegou que a emissora possui sistema eletrônico de interrupção da programação no horário de início da propaganda eleitoral, mas que nesses dias ele falhou. Houve atraso de 20 minutos, tempo em que Camarinha usou os microfones contra seus adversários políticos. Também argumentou que Vinícius e o também sócio da rádio, Wilson Matos, deveriam fazer parte do polo passivo da ação, motivo pelo qual defendeu que fosse extinta.
NÃO – O juiz Afonso Celso da Silva não se deixou levar pelos argumentos da defesa. Também não puniu Camarinha, como pretendia o advogado de Daniele, Alexandre Sala, proibindo-o de fazer ataques ou comentários na Rádio 950. Porém, mandou tirar a rádio do ar por 8 horas, a partir do final do horário eleitoral das 12h, no dia em que a decisão for cumprida pela emissora.
(FOTO: HoraH – Camarinha usou a Rádio 950 em horário proibido para atacar adversários: Justiça mandou tirar emissora do ar)
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