Uma carta de intenção foi elaborada entre os advogados das famílias Mott e Convite, “onde o investigado se compromete a prestar o auxílio necessário” à mulher e à filha do jardineiro José Roberto, atropelado e morto no sábado (15), em Jaú. A reunião entre a Dra. Jéssyca Gonçalves, que representa a família da vítima, e Dr. Evandro Dias Joaquim, contratado pelos Mott, aconteceu na tarde da 3ª feira (18).
A advogada deixou claro que “ainda não há acordo” alinhavado, “apenas a intenção” de se chegar a um entendimento. Em um caso como este, em que o jardineiro era o único que trabalhava, deve ser levado em conta a garantia do sustento da família. “A esposa dele tem problemas de saúde, faz uso constante de medicamentos, e ele deixou uma filha de 13 anos”, observou Dra. Jéssyca – deve ser garantida a subsistência da menina até que complete 25 anos.
Eventual acordo indenizatório entre as partes não interfere no pedido de prisão temporária de Renato Mott Filho, 25 anos, que é investigado como responsável pelo atropelamento. O delegado Dr. Aldo Lorenzini pretende localiza-lo para cumprir o mandado de prisão e, após ouvi-lo em depoimento, decidir se pedirá a conversão da prisão de temporária em preventiva. “Por enquanto, aguardamos que ele se apresente e dê a versão dele para os fatos”, disse Dra. Jéssyca.
Ainda que haja um acordo, Mott não se eximirá da responsabilidade criminal. “Mesmo que haja o auxílio à família, os trâmites criminais permanecem para a punição penal”, destaca a advogada da família da vítima. De acordo com o delegado que conduz o inquérito, várias testemunhas já foram ouvidas e outras ainda serão, inclusive pessoas que presenciaram o acidente. As partes envolvidas ainda esperam pelos laudos da perícia e do IML.
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