Audiência na Justiça Federal acaba sem acordo e camelôs aguardam sentença

Dema é autor das representações contra o prefeito; ele também liderou camelôs em ação judicial para permanecerem na área da antiga estação ferroviária, pertencente à Rumo Logística (FOTO: Jornal do Povo/Reprodução)

Os 150 camelôs que ocupam espaços improvisados junto à linha férrea no centro de Marília, com acesso pela movimentada rua 9 de Julho, estão no aguarda da sentença do juiz federal Fernando Fonseca Gonçalves para saber se vão continuar no local, e até quando. Nova audiência de tentativa de conciliação nesta 5.a feira (1), acabou outra vez sem acordo entre os trabalhadores e a concessionária do trecho, Rumo Malha Paulista.

Camelôs assistiram audiência e discussões que não levaram a acordo (FOTO: Arquivo pessoal/Reprodução)

A proposta da empresa foi a mesma apresentada há 15 dias: desocupação até fevereiro de 2024, o que os camelôs não aceitam; eles pleiteiam junto à empresa mais um ano no local. “Vamos aguardar a sentença”, comentou Ademar Aparecido de Jesus, o Dema, líder dos camelôs, que acompanhou a audiência online ao lado dos trabalhadores.

Segundo Dema, um ano “é o tempo necessário para procurarmos outro destino para os trabalhadores, porque são 150 famílias que dependem exclusivamente daqui para sobreviver”. Caso a sentença seja desfavorável, ele disse que o advogado que defende os camelôs irá recorrer “até onde for possível”, classificando essa atuação de “luta social”.

A partir de sábado (3), Dema disse que os camelôs vão promover ações com faixas na tentativa de chamar a atenção e ganhar o apoio da população para a reivindicação deles. Os trabalhadores também tentaram apoio da prefeitura, mas a informação é que o município “pouco pode fazer” agora que o caso está na Justiça.

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