Bariri – ESTUDANTE É SEPULTADA E INVESTIGAÇÕES CONTINUAM; ACUSADO ESTÁ PRESO

Mariana foi sepultada na tarde desta 5.a feira, no cemitério de Bariri; velório reuniu milhares de pessoas na madrugada e durante o dia, na Matriz da cidade (FOTO: Romeu Neto/TV Tem / Reprodução HoraH)

A estudante de fisioterapia Mariana Bazza, 19 anos, foi sepultada no cemitério de Bariri, cidade em que morava com os pais, na tarde desta 5ª feira (26). Aproximadamente 1.000 pessoas acompanharam o funeral. O corpo dela foi velado a partir das 3h na Igreja Matriz, tamanha a comoção na cidade. A Prefeitura decretou luto oficial de 3 dias.

O namorado de Mariana, tenente da Marinha Jefferson Viana, fez longa postagem no Facebook se despedindo dela: “Tudo que eu sinto resume em saudades” (FOTO: Facebook/Reprodução)

EMOÇÃO – Filha única, os pais seguem abalados e sob efeito de medicamentos – quando souberam do desaparecimento da filha, na 3ª feira (24), tiveram de ser internados. Familiares e amigos deixam mensagens emocionadas nas redes sociais, desde então, e se intensificou a partir da notícia da localização do corpo dela, na manhã da 4ª feira (25), em canavial distante quase 50 km de Bariri. O namorado, tenente da Marinha Jefferson Viana, postou no Facebook: “Tudo que eu sinto resume em saudades de você”. Ele recebeu a última foto enviada por ela, justamente do homem acusado de tê-la assassinado momentos depois.

Última foto que Mariana enviou pelo celular foi para o namorado, onde aparece Rodriguinho trocando o pneu do carro dela: ajuda que terminou em crime (FOTO: Reprodução HoraH)

PLANEJADO – O crime teria sido planejado e executado por Rodrigo Pereira Alves, 37 anos, apelidado de Rodriguinho. Imagens de câmera de segurança mostram ele se abaixando para murchar um dos pneus do carro de Mariana, na manhã da 3ª feira, quando ela estava na academia. Depois, esperou do outro lado da rua e, quando a estudante saiu, se ofereceu para trocar o pneu, o que foi feito dentro dos muros de uma chácara, em frente à academia, onde ele trabalhava como servente de pedreiro.

Rodriguinho, quando foi qualificado na Polícia Civil, após prisão em Itápolis: várias passagens policiais e condenações por latrocínio e estupro, entre elas (FOTO: Polícia Civil/Divulgação)

O CRIME – Mariana fotografou Rodriguinho trocando o pneu do carro e mandou para o namorado, a última comunicação dela pelo celular. As imagens da câmera de segurança registram a saída do veículo da estudante, dirigido por Rodriguinho – não havia sinal dela. Sem contato com Mariana, a família comunicou a polícia no começo da tarde, provocando uma mobilizando geral que levou ao rastreamento do celular do suspeito, localizado e preso em Itápolis, a 60 km de distância, já de noite. O carro também foi encontrado naquela cidade, abandonado.

EVIDÊNCIAS – Fora todas essas evidências que levam a Rodriguinho, há testemunhas em Itápolis informando que ele foi visto abandonando o carro e limpando a lataria com a camisa. Chegou a cuspir na fechadura do porta-malas e esfregado a camisa naquele local, também. Interrogado, ele negou o crime. Porém, na manhã da 4ª feira (25), acabou por confessa-lo, indicando inclusive a localização do corpo. Mariana foi encontrada naquele exato local, com as mãos amarradas para trás, olhos vendados e boca coberta por um lenço amarrado ao pescoço.

CUSTÓDIA – A audiência de custódia do homem ocorreu entre o final da tarde e início da noite da 4ª feira, no Fórum de Jaú. Apesar de ter chorado e negado a autoria do crime, a Justiça decretou a prisão preventiva dele, recolhido ao CDP Bauru. Rodriguinho acusou uma terceira pessoa pelo assassinato, mas não deu qualquer evidência disso. A pedido da defesa, o caso foi sujeito ao sigilo de investigações e dos autos. Pesam ainda contra Rodriguinho o fato de ele ter deixado a cadeia há pouco tempo, onde cumpriu 16 anos de pena por latrocínio (matar para roubar) e estupro, entre outros crimes.

HORAH – Você sabe das coisas