BAURU, MARÍLIA E JAÚ TÊM 15 OBRAS COMPROMETIDAS, SEGUNDO O TRIBUNAL DE CONTAS

Lago do Silvério em Jaú: obras complementares continuam pendentes (Foto: PMJ/Divulgação)

Todas juntas, elas passam de R$ 197 milhões em valores iniciais; Bauru lidera em valores e Jaú em obras paradas ou atrasadas

Bauru, Marília e Jaú estão com 15 obras paralisadas ou atrasadas por vários motivos, segundo levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A atualização dos contratos é de 14/1. Juntas, essas obras totalizam R$ 197,4 milhões – valores iniciais de cada contrato analisado. São obras de diversas áreas, que vão de recapeamento asfáltico a unidades de saúde, abastecimento de água e drenagem.

Bauru lidera em valores contratados: R$ 134,5 milhões em dinheiro público ainda sem retorno à população, o que o TCE considera como ‘custo dobrado’; Jaú lidera em quantidade de obras: 7, sendo uma parada e 6 paralisadas – do início do ano para cá é possível que uma ou outra tenha sido retomada, como a drenagem das águas pluviais do Jd. São Crispim e condomínio Vila Real, mas que ainda não consta do levantamento da Corte paulista de contas.

BAURU – Entre as 4 obras comprometidas de Bauru estão a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e o restaurante do zoológico. Uma obra está atrasada e três paradas. Todos os valores iniciais dos contratos dessas obras somados chegam a R$ 134,5 milhões. Ao menos a ETE segue nos planos da prefeita Suéllen Rosim para 2020, cumprindo com recomendações – e cobranças – do TCE.

ETA do Sistema Peixe, em Marília (FOTO: HoraH)

MARÍLIA – A cidade entre as 3 analisadas por HORAH com menor volume financeiro comprometido em obras paradas ou atrasadas é Marília. Quatro obras nessas condições totalizam R$ 5,3 milhões contratados; os motivos são atraso nos repasses federais e insuficiência de informações no projeto básico – 75% são recursos federais e 25% estaduais.

Está atrasada a construção de ponte sobre o Rio do Peixe no distrito de Amadeu Amaral, contratada com a Ecopontes Ltda ao valor de R$ 874,9 mil e, por enquanto, zero de repasse. Entre as obras paralisadas estão: 1) ampliação da reservação de água tratada do Sistema Peixe, com dois reservatórios totalizando 3 milhões de litros; contrato de R$ 2,8 milhões (R$ 1,2 milhão já pago), paralisado desde 2/5/19; 2) recapeamento de vias públicas paralisado desde 29/11/19, no valor de R$ 911,8 mil e nada pago ainda; 3) recape de vias públicas paralisado desde 30/12/19, valor de R$ 688,9 mil e nada pago até agora.

JAÚ – No centro do estado, Jaú lidera em quantidade de obras comprometidas: são 7, sendo 6 atrasadas e uma parada em 6/10/16. Trata-se da construção de diques, muro de contenção, reservatório e microdrenagem no Jd. Sempre Verde e rua Rafael Behar – obra de R$ 12,4 milhões, sendo que R$ 3,4 milhões já foram pagos.

As obras paralisadas são de cobertura da quadra do Jd. Pe. Sani (R$ 101,5 mil, nada pago ainda); finalização do CRAS do Maria Luiza 4 (R$ 433,4 mil, com R$ 320,7 mil já quitados); reforma do centro de lazer vereador Geraldo Brasil de Barros (R$ 291 mil, com R$ 251,6 mil pagos); canalização do córrego dos Pires, reservatórios do Lago do Silvério e córrego da Figueira (R$ 40,9 milhões, com R$ 37,6 milhões já pagos); reforma e ampliação do CRAS do Jd. Cila Bauab (R$ 331 mil, sendo que R$ 261 mil já foram quitados); e drenagem do São Crispim e V. Real (R$ 3,1 milhões, com R$ 267,7 mil já pagos) – na atual gestão, essa obra foi retomada, mas ainda não consta o andamento dela no levantamento do TCE. As datas desde quando essas obras estão atrasadas não foram disponibilizadas pelo município à Corte.

HORAH – A verdade dos fatos