BLOQUEADOR DE AR NO HIDRÔMETRO: MUNICÍPIO PEDE APOIO DE VEREADORES A PROJETO

DEPOIS DE AGÊNCIA REGULADORA E CONCESSIONÁRIA, GOVERNO DE JAÚ REÚNE VEREADORES PARA EVITAR VAI-E-VEM DO PROJETO (Foto: Divulgação PMJ)

Para evitar um vai-e-vem da Prefeitura à Câmara e vice-versa, o governo de Jaú reuniu vereadores para falar do projeto que autoriza instalação da válvula que bloqueia a passagem de ar para os hidrômetros. Promessas de campanha, em vídeo no Facebook o prefeito Ivan Cassaro garantiu que o dispositivo vai ser colocado, mas por conta de cada consumidor. Ele explicou que a Prefeitura não pode faze-lo para não caracterizar ‘compra de voto’ – visto que foi prometido em campanha e envolve custo para o município.

“Vou falar com as casas que vendem [a válvula] para ter o melhor preço”, disse o prefeito, que também quer obter a melhor condição da concessionária Águas de Jahu, única que pode fazer a instalação. “Só eles podem (…), porque é antes do hidrômetro”, esclareceu. Ivan deu detalhes jurídicos do projeto aos vereadores na tentativa de aprova-lo sem emendas e o quanto antes. “A parte pública é muito morosa”, comentou.

Antes de finalizar o projeto, o governo já falou com vereadores, a agência reguladora Saemja e a concessionária. “Desde o primeiro dia que eu senti aqui nessa cadeira, eu tô cuidando disso aí”, justificou no vídeo. No mercado há vários valores para esse tipo de válvula, de R$ 25 a R$ 100 reais ou até mais, fora a instalação. Como a quantidade é grande, o preço de compra deve cair bastante, assim como o da instalação.

Ar ao invés de água na rede (abaixo) e reunião com vereadores para discutir projeto autorizando instalação de válvula que corrige o problema e torna contas de água justas (Fotos: Divulgação PMJ e Reprodução Web)

O QUE HOUVE – Desde que o Saemja foi concedido à iniciativa privada que começou a troca dos hidrômetros na cidade. Porém, o novo equipamento elevou absurdamente a conta mensal. Consumidores chegaram a gravar vídeos enchendo balões com a torneira aberta e o hidrômetro girando, para provar que, ao invés de água, estava passando ar pelo encanamento. No governo passado as queixas não surtiram efeito; agora, a nova administração quer resolver o problema criando um mecanismo legal para instalar as válvulas – só que a expectativa era de que o consumidor não tivesse custo, porém, por questões legais, ele é que terá de bancar a conta.

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