FALTA DE SEGURANÇA É UMA DAS MAIORES PREOCUPAÇÕES DA POPULAÇÃO DE JAÚ ULTIMAMENTE; NA CÂMARA, VEREADORES QUESTIONAM AUTORIDADES E POLÍCIA
Questionamentos feitos pelos vereadores em discursos inflamados na câmara e requerimentos de informações às autoridades e comandos policiais nunca fizeram tanto sentido como agora em Jaú. Os furtos fugiram do controle e passaram de imóveis abandonados para estabelecimentos comerciais e casas com as famílias dentro, como ocorreu na madrugada deste domingo 1.o de maio, próximo ao SUS, na região central da cidade. Desta vez a vítima foi o bombeiro civil Cesar Leandro, que surpreendeu um dos ladrões no quintal, entrou em luta corporal com ele e acabou esfaqueado no braço.
No Facebook, Leandro postou uma dúzia de fotos, disse que dormia com a família quando ouviu barulhos no quintal. Ele pediu que a mulher e o filho se trancassem no quarto, enquanto ia verificar o que estava acontecendo. Cesar acredita que havia dois ladrões, um no telhado e outro separando o que pudesse levar, como botijão de gás, ventilador e outros pertences da casa. Ele só não contava com o fato do ladrão estar com uma faca — ao ser agarrado pelo pescoço, o homem passou a golpeá-lo no braço até que fosse solto e fugisse sem levar nada. Resgate do Corpo de Bombeiros e viaturas da PM foram chamadas, a vítima acabou socorrida à Santa Casa e depois prestou queixa na CPJ.
A onde de furtos já preocupava a população em fevereiro, quando houve reunião histórica do Conseg Jaú no cine municipal com presença de 100 pessoas, inclusive vereadores, prefeito e comandantes policiais. Foi na noite de 23/2, com o compromisso de elaborar um plano de ação de combate à violência na cidade, que jamais foi visto nem colocado em prática. Por duas vezes a população agiu por conta própria, agarrando e amarrando bandidos nas ruas à espera da chegada da polícia, ainda assim sem que o comando da PM admitisse que a situação estava incontrolável. Nenhum requerimento dos vereadores sobre o tamanho do efetivo policial de Jaú e número de viaturas disponíveis foi respondido, sob alegação de “questão de segurança pública”. Na sessão da 2.a feira 25/4, vereador Bill Luchesi repetiu a dose dirigindo-se ao comando do Batalhão da PM, Delegacia Seccional e até base do Corpo de Bombeiros, mas ainda aguarda pelo retorno.
HORAH – VOCÊ SABE DAS COISAS