Em rápida sessão extraordinária nesta 5ª feira (31), a Câmara aprovou por unanimidade projeto de lei de urgência, de autoria do prefeito Ivan Cassaro, para reajustar os salários dos servidores municipais em 10,8%. O índice representa 19,8% do que a prefeitura e os vereadores aliados aprovaram em setembro do ano passado para os secretários, que desde 1º de janeiro deste ano estão com os salários corrigidos em 54,35%. A promessa, na época, era de privilegiar também os servidores, o que não aconteceu.
“Faltou coerência da prefeitura e da base do governo na Câmara. Para os secretários deram 54%, alegando que era preciso corrigir a inflação dos últimos anos, e para os servidores dão 10,8%, bem abaixo da inflação do período. Pior do que isso, não deram nenhum centavo de aumento no tíquete, o que eu considero um absurdo”, comentou o vereador José Carlos Borgo após a sessão. Ele votou a favor do aumento, justificando que nunca deixou de aprovar reajustes para os servidores.
Na tribuna da Câmara, os vereadores Luiz Henrique Chupeta e Mateus Turini também comentaram o índice aquém do reivindicado pelo funcionalismo, que era de 20,40% de correção da inflação e de 5% de ganho real. “São mais de 3.000 servidores e só 164 concursados apareceram na assembleia para defender seus direitos”, lembrou Chupeta. “Não tinha como impedir os comissionados de votar na assembleia, porque todos são servidores públicos”, acrescentou Mateus, ao comentar a ‘invasão’ de ocupantes de cargos de nomeação política na assembleia de anteontem, quando os 10,8% foram aprovados – contra a vontade dos funcionários efetivos.
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