Câmara – TENENTE CRISTAL DÁ SUA VERSÃO SOBRE ‘CASO DA CARTEIRADA’

Tenente-coronel Márcia Cristal compareceu na oitiva promovida na Câmara (Foto: Divulgação)

A tenente-coronel Márcia Cristina Cristal compareceu na oitiva realizada pela Comissão Processante (CP) na manhã desta segunda-feira (26) na Câmara de Marília.

Diante dos relatos da CP sobre o “caso da carteirada” envolvendo a vereadora Professora Daniela (PL), Márcia Cristal isentou a parlamentar de qualquer prática de quebra de decoro parlamentar e garantiu que a ocorrência foi “normal” e sem nenhum tratamento especial.

“Quando assumi o comando do batalhão, o telefone corporativo foi passado a algumas autoridades de Marília”, esclareceu. “Ela (vereador Daniela D’avila) ligou apenas para fazer uma consulta, em nenhum momento fez outra solicitação. O que se apura aqui é uma suposta intenção. É importante que isso fique bem claro aos senhores”, argumento a tenente-coronel Márcia Cristal.

O posicionamento da comandante do 9º Batalhão da Policia Militar do Interior, que permanece afastada sob motivo de saúde, é favorável a vereadora, pois reforça a versão de que a ligação entre elas ocorreu apenas com a finalidade informativa.

Para justificar o contato com o sargento da PM, Alan Ferreira, responsável pela condução da autuação e apreensão do veículo que estava sendo conduzido por uma familiar da vereadora no dia 16 de agosto, a tenente Cristal alegou que é um dever do seu ofício.

A comandante da PM embasou-se no crime de prevaricação – deixar de cumprir obrigação como servidora – para justificar o contato com o sargento. Ela ainda apresentou a possibilidade do policial militar estar aplicando uma medida mais grave do que legalmente é previsto em Lei.

Após a análise pericial no veículo da professora Daniela, o Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo atestou que os pneus tinham condições de rodagem.

Outro argumento apresentado é sobre a conduta de apreensão de veículo vencido há menos de 30 dias, a própria Polícia Militar tem medidas mais brandas para a ocorrência. No episódio, o documento estava vencido em 15 dias.

Após o depoimento da tenente-coronel, os relatores da CP vão elaborar um novo parecer sobre a denúncia de quebra de decoro da vereadora Professora Daniela. O caso deverá ser votado em plenário na Câmara Municipal nas próximas semanas, podendo culminar na absolvição ou cassação da parlamentar envolvida.

Horah – você bem informado!