CAMPOS PRADO MORRE AOS 87 ANOS, VÍTIMA DA COVID-19

Empresário era apaixonado pelas artes, especialmente pela música, e vivia para plantar árvores (FOTO: Reprodução Web)

O empresário e empreendedor imobiliário Luiz Carlos de Campos Prado é mais uma vítima da Covid-19 em Jaú. Aos 87 anos, ele morreu nesta quinta-feira, 28. Era casado com Alzira, pai de três filhos (Luiz Carlos Junior, Marcelo e Ricardo) e “avô amoroso”, segundo os familiares e amigos.

Ao longo da vida, Campos Prado, que era formado em Economia e Administração de Empresas, atuou como empresário do ramo imobiliário, ecologista, filósofo e cantor. Na música, foi ganhador de dois concursos, entre eles “A Voz de Ouro” em 1957. Campos Prado foi contratado pela Organização Vitor Costa (hoje, Rede Globo) e cantou com diversos nomes musicais da época, como Silvio Caldas, Orlando Silva e Nelson Gonçalves, e também fez turnê com Ângela Maria, a Rainha do Rádio.

Antes disso, em 1955, realizou turnê pela Europa. Ele cantava música folclórica com um conjunto de arte popular brasileira, dirigido por Solano Trindade. A turnê passou por 23 cidades, inclusive pela Polônia e Tchecoslováquia. Ele também se destacou pela dança, como samba e frevo; estudou música erudita em São Paulo e era extremamente comunicativo.

Em Jaú, Campos Prado atuou no carnaval, participou de muitos desfiles e foi até presidente da Comissão dos Festejos Carnavalescos (Cofescar), na década de 70. “Eu, minha esposa e meus filhos saíamos bonitinhos no carnaval, se esbaldando”, recordou saudoso, em uma de suas entrevistas ao HORAH. Além da música, ele tinha na poesia mais uma fonte de inspiração. “Há quem goste. Muitas vezes a gente passava por ridículo, mas não fazia mal”, falava, entre risos.

Campos Prado também era um apaixonado pela natureza. A revista Veja, percorrendo a parte central do Estado, considerou que a área mais arborizada às margens do lendário Rio Tietê era o Parque Frei Galvão, no Distrito de Potunduva, loteamento feito por Campos Prado há mais de 30 anos. Ele se intitulava “o maior plantador de árvores por espécie da região”, fez vários loteamentos e em todos incluiu verdadeiros parques botânicos.

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