As nove pessoas presas sob suspeita de participar direta ou indiretamente de desvios financeiros na APAE Bauru tiveram as prisões temporárias convertidas para preventivas. A decisão da Justiça de Bauru saiu nesta 4.a feira 11, conforme pedido feito pelo delegado Glaucio Stocco do Seccold – Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro.
A solicitação foi feita após o delegado concluir os interrogatórios de oito dos suspeitos, o que significa que eles vão continuar presos e que as investigações ainda estão em andamento. Todos eles negaram colaborar com a polícia e o Ministério Público (MP) com delações premiadas, o que poderia amenizar eventuais condenações futuras.
As investigações apuram desvios da ordem de R$ 7 milhões nos últimos cinco anos. Segundo os investigados, tudo foi arquitetado pelo então presidente da APAE Roberto Franceschetti Filho, preso por matar a ex-secretária-executiva da entidade Claudia Lobo, numa disputa por poder e dinheiro dentro da entidade.
Os suspeitos são investigados por crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre eles está o PM aposentado Renato Tadeu de Campos, recolhido ao Presídio Militar Romão Gomes em SP, que admitiu ter conhecimento dos desvios financeiros feitos na APAE pelos seus antigos dirigentes. Ele negou participação no esquema e disse ainda que tinha contrato de R$ 12 mil mensais, mas devolvia R$ 10 mil em uma conta fajuta da entidade, de acesso exclusivo do ex-presidente Franceschetti Filho.
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