Caso Betinho – IRMÃ DO MÚSICO SERÁ OUVIDA NA POLÍCIA; 2 estão presos preventivamente

O delegado João Netto, de Valinhos, que conduz inquérito da morte de Betinho (FOTO: Reprodução web)

Irmã do músico Betinho Padrenosso será ouvida pela polícia de Jaú, que auxilia nas investigações da morte dele, ocorrida na 2ª feira (8), quando era levado para clínica de dependentes químicos em Valinhos, região de Campinas. “Ela ainda está muito abalada e não veio. Inclusive saiu de Jaú e retornará semana que vem. Em conversa com a advogada dela, ficou combinado dela vir na quarta ou quinta que vem para depor”, disse ao HORAH o delegado Aldo Lorenzini, titular da CPJ de Jaú.

Delegado Aldo, que auxilia nas investigações da morte de Betinho (FOTO: Reprodução/Arquivo pessoal)

O delegado também falou que “algumas testemunhas foram identificadas e irão depor” na semana que vem. O objetivo é saber quem contratou a internação de Betinho, em que condições e se alguém presenciou alguma agressão ao músico. As oitivas em Jaú vão ser juntadas às investigações da polícia de Valinhos, sob cuidados do delegado João Alves Netto – o mesmo que esclareceu morte de empresário milionário em condomínio de luxo em agosto, atingido por tiros desferidos pelo filho adolescente que alegou legítima defesa contra constantes agressões do pai à mãe e ele próprio, com repercussão nacional.

Betinho teria sido apanhado em casa, em Jaú, na manhã de 2ª feira, por um carro de aplicativo. Além do motorista, um captador terceirizado de clientes para a clínica e dois ex-internos estariam no veículo. Não se sabe ainda o que aconteceu no caminho, mas Betinho acabou morto e levado à UPA de Valinhos, onde a equipe médica acionou a polícia. Todos foram presos em flagrante e, na 3ª feira, o motorista do carro e o captador de pacientes foram liberados; os outros dois permaneceram presos e já tiveram as prisões convertidas em preventivas. Eles respondem por sequestro, cárcere privado e homicídio.

Betinho, o músico jauense: morte suspeita (FOTO: Reprodução web)

Como HORAH já informou, os policiais identificaram marcas indicando que Betinho havia sido amarrado pelos punhos e pernas e que foi violentamente agredido – ele morreu por politraumatismo craniano hemorrágico. A primeira versão dos envolvidos foi que ele saltou do carro em movimento, o que já está descartado. Resta saber o que de fato aconteceu no trajeto, se Betinho estava sendo internado compulsoriamente ou contra a vontade e porque foi agredido até a morte. A clínica se limitou a dizer que não contratava nenhum dos envolvidos no caso e que familiares do músico nunca trataram da internação dele. Velado em Jaú, Betinho foi sepultado na 4ª feira (10).

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