Caso dos fogões: vereador requisita imagens e diz que vai à Justiça contra secretária

Caixas com os fogões na recepção da secretaria são flagradas pelo vereador (FOTO: Reprodução/Arquivo pessoal)

RODRIGO DE PAULA FLAGROU ELETRODOMÉSTICOS PARA VÍTIMAS DE ENCHENTE AMONTOADOS HÁ 90 DIAS; secretária o acusou de invadir local privativo para mulheres

Um requerimento do vereador Rodrigo de Paula pretende provar que os 76 fogões doados por rede nacional de departamentos às vítimas da enchente de 30/1 em Jaú, estavam amontoados na recepção da secretaria de Políticas Públicas para Mulheres em Jaú. Ele solicita “todas as imagens possíveis” das câmeras de monitoramento do local no dia e hora em que esteve no prédio na semana passada e quem eram os funcionários de serviço, para esclarecer que não invadiu nenhum ambiente privativo para acessar os eletrodomésticos.

A programa de TV em Jaú, secretária Cândida acusou o vereador (FOTO: Reprodução/SBT)
Rodrigo fez requerimento de imagens e pretende acionar secretária na Justiça (FOTO: Reprodução web)
Desde abril que fogões estavam disponíveis, sem ser entregues às vítimas da enchente (FOTO: Reprodução)

A intenção do vereador é rebater acusação da secretária Cândida Ferreira, de que ele “entrou nas dependências privativas das mulheres sem autorização de acesso, tirou fotos, fez filme”, na tentativa de “se autopromover, como se ele tivesse dado início ao processo de entrega” dos fogões. Rodrigo denunciou que os fogões haviam sido doados em meados de abril e até 15/7 ainda não tinham sido entregues. No dia seguinte ao assunto se tornar público a prefeitura iniciou a distribuição dos fogões. “Esse foi um processo coletivo e trabalhamos de forma genuína”, justificou a secretária em entrevista ao SBT Jaú.

Cândida também desmereceu a atuação do vereador: “Se tratou de um desserviço e não de um serviço fiscalizatório, que não se faz dessa forma”, disse. “É uma acusação muito grave, um crime que ela imputou a mim, por isso vou tomar todas as providências jurídicas necessárias”, afirmou Rodrigo ao HORAH. Questionado se invadiu algum local privativo para mulheres, ele reagiu: “É mentira isso, os fogões estavam na recepção. O que me chamou a atenção foi o saco preto cobrindo parcialmente, então fui olhar o que era”. Segundo ele, basta verificar as fotos para reconhecer que se trata de local acessível a qualquer pessoa.

Se os fogões passaram cerca de 90 dias amontoados, após a denúncia foram rapidamente destinados às famílias atingidas pela enchente de janeiro. “Meu trabalho foi correto, sempre fiscalizando, como tem de ser (…). Mas fica a impressão de que talvez não tenha tido o esforço suficiente para garantir essa entrega antes”, observou, chamando a atenção para a “rapidez da logística” após os fatos se tornarem públicos. “Importante é que (os fogões) estão chegando à população que precisa”, finalizou.

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