Caso Marielle – DE JAÚ, DELEGADO AFASTADO DAS INVESTIGAÇÕES DIZ ESTAR SURPRESO

O afastamento do delegado Giniton Lages do comando das investigações da morte da vereadora Marielle Franco, no RJ, logo após a prisão de dois suspeitos, foi defendido pelo deputado federal Marcelo Freixo. Ele é do mesmo partido que Marielle, o PSOL. Para o deputado, isso será positivo para a resolução do caso.

JAÚ – Giniton, que é de Jaú, a 180 km de Marília, já foi assessor de vereador na cidade e está no RJ desde 2008, fará intercâmbio na Itália durante ‘férias’ de 6 meses. Porém, ele é acusado de errar na condução das investigações e demorar demais para chegar aos responsáveis pelo crime – o assassinato da vereadora e seu motorista completou 1 ano.

  • Delegado Giniton, afastado das investigações: surpreso (FOTO: O Globo)

PRESSÃO – Além do “tempo inaceitável”, segundo o deputado, Giniton é acusado também de pressionar suspeitos a confessar participação no crime. Esse foi o motivo porque a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, determinou que a PF apurasse interferência de autoridades policiais no caso, em novembro/18, o que se chamou de “a investigação da investigação”.

MANDANTE – O que mais se questiona até hoje é quem foi o mandante do crime. Para Marcelo Freixo, “a investigação só terá valia se conseguir descobrir quem mandou matar”. Na 3ª feira (12), a polícia prendeu o PM reformado Ronnie Lessa, acusado de disparar contra Marilelle e o motorista Anderson Gomes, e o ex-PM Élcio Queiroz, que dirigiu o carro para o suposto assassino.

  • Marielle foi assassinada há 1 ano e só agora suspeitos foram presos; falta descobrir mandante (FOTO: Rede Brasil Atual)

SURPRESA – Titular da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio, Giniton disse que foi pego de surpresa pela comunicação de que irá tirar 6 meses de férias para um intercâmbio na Europa. Segundo a imprensa carioca, o comentário é de que o fator decisivo para a saída dele foram diferenças entre o delegado jauense e o atual diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), Antônio Lima Nunes. O pano de fundo para esses desentendimentos teriam sido justamente as investigações do crime.

HORAH – Você sabe sempre mais