Prazo vai vencer no final deste mês, quando vereadores vão se reunir para votar o relatório e o possível voto divergente; o que tiver maioria, será considerado válido
O relatório final da Comissão Especial de Inquérito CEI) criada para investigar o pagamento de aluguel de prédio sem uso pela Prefeitura de Pederneiras desde outubro de 2021 até hoje, vai levar mais 15 dias para ficar pronto. Prorrogação de prazo foi pedida pelo relator, vereador Bacana, e concedida pelo presidente da CEI, vereador Prof. Marildo.
“O novo prazo vai vencer no dia 28, quando a gente vai marcar a data da próxima reunião da CEI para ver o desfecho final”, comentou Marildo, que prevê “uns quatro ou cinco dias” para os vereadores analisarem o relatório oficial. Ele acredita que a vereadora Ângela Vermelho, de oposição, deverá “fazer voto em separado”, estabelecendo um relatório paralelo ao oficial. “Os dois vêm pesado, um pra defender e outro para acusar, porque ali a coisa tá feia”, disse Marildo ao HORAH.
Um fato novo surgiu no meio disso tudo: o presidente do Clube Recreativo Comercial (CRC, entidade que alugou o prédio para a prefeitura), Luiz Reghini Ramos, convocou assembleia para a última 6ª feira 15, para avaliar o patrimônio imobiliário sob a “hipótese de eventual ato expropriatório” movido pelo Município. Aliás, em entrevista anterior ao HORAH, a prefeita Ivana Camarinha comentou essa possibilidade, inclusive descontando do preço de avaliação do prédio o valor já pago em aluguéis.
Mas isso não deve interferir na chamada CEI do CRC, que já destinou mais de R$ 110 mil dos cofres públicos para o clube, na opinião de Marildo. “Fora o que gastou com aluguel, ainda tem o que terá de gastar para reformar e pôr aquilo pra funcionar. São uns 4 milhões e pouco, mais a reforma. Compensa isso aí? Para mim não muda nada na CEI, que é sobre o que aconteceu, não sobre o que vai acontecer”, concluiu, alfinetando: “Cada dia é um rolo diferente”.
Se de fato tiver voto em separado, ele e o relatório oficial serão submetidos aos membros da CEI. O documento que tiver a maioria dos votos será considerado válido, vai ser lido em plenário durante sessão da Câmara e depois enviado para o Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e outros órgãos de fiscalização; o outro será arquivado.
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