Perícia pormenorizada feita pela Polícia Técnico-Científica no prédio em construção e abandonado em Bauru, onde adolescente de 15 anos foi encontrado morto em 27/5, localizou destroços do celular que pertencia à idosa Joana Carrasco, 70 anos, assassinada dentro da casa dela em Agudos, três dias antes. O menor, no caso, é o mesmo que residia no imóvel que faz fundos com a casa da idosa e que é o principal suspeito do crime.
Na verdade, foi um triplo homicídio. Na manhã da 6.a feira 24/5, dona Joana, o marido Aparecido Carrasco, 74 anos, e o genro Valdinei de Souza, 57, foram mortos a facadas e com ferimentos na região do pescoço. Os corpos foram encontrados pela filha dos idosos e esposa de Valdinei, que não conseguia falar com nenhum deles por telefone e resolveu ir à residência saber o que havia acontecido.
Segundo a polícia, não tinha qualquer sinal de arrombamento no imóvel e, pela disposição dos corpos dentro da casa, o assassino teria pulado o muro e entrado pelos fundos. Cada corpo estava em um cômodo; luvas foram descartadas no vaso sanitário e passam por perícia; nada foi furtado, mas o celular de dona Joana desapareceu; e quem cometeu o crime acendeu o fogão e colocou uma toalha plástica por cima para provocar incêndio com intenção provavelmente de destruir evidências.
Agora surgiram imagens de uma câmera de segurança onde o adolescente suspeito aparece caminhando na calçada com um saco preto em uma das mãos e um objeto na outra, que não foi identificado ainda. À polícia, a irmã dele contou ter ouvido passos no telhado de casa, onde o rapaz costumava consumir drogas, e em seguida ele saiu de casa levando roupas em um saco; só voltou 40 minutos depois, quando a polícia já estava na casa dos idosos, e desapareceu depois disso.
Há imagens e testemunhos também de três amigos que foram com o rapaz para Bauru no sábado, onde compraram drogas e lanches, tudo patrocinado pelo adolescente; eles estiveram no prédio em construção e, na saída, o rapaz teria escorregado e caído, indo a óbito no local. A perícia constatou que não havia lesão no corpo do adolescente, que morreu em decorrência da queda e de uma lesão na coluna. O caso continua sob investigação da Polícia Civil de Agudos, agora em conjunto com policiais de Bauru.
O celular achado na construção passou por verificação do IMEI, que é o número de identificação do aparelho, constatando ser de propriedade de dona Joana; a filha dela também apresentou à polícia a caixa do aparelho, comprovando se tratar do mesmo telefone. Agora a polícia fará perícia para avaliar o conteúdo existente no celular, eventuais fotos e ligações.
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