Chá de sumiço – SINDICATO NÃO CONSEGUE FALAR COM RAFAEL E MEDO DO DESEMPREGO ATERRORIZA FUNCIONÁRIOS DA MACACARI

Rafael baixou decreto que pouco esclarece sobre o funcionamento dos serviços públicos em época de coronavirus (FOTO: Reprodução TV Bandeirantes)

Notícias desencontradas, boatos, apreensão. A indefinição do prefeito Rafael Agostini sobre a reivindicação da empresa circular Macacari abre brechas para todo tipo de especulação. Ao longo desta 5ª feira (4), representantes do Sindicato dos Motoristas de Jaú tentaram falar com integrantes do governo por várias vezes, mas ficaram sem resposta. O ‘chá de sumiço’ de Rafael e seus aliados cria insegurança no setor e faz aumentar o medo de mais desemprego na cidade.

SINDICATO – “Eu liguei o dia inteiro para falar com o (secretário de Governo Carlos Augusto) Moretto, mas não consegui; falei com o (presidente da Câmara, José Carlos) Borgo, que ficou de dar um retorno, mas também não deu certo”, comentou o advogado Antônio Carlos Olibone, do Jurídico do sindicato. Ele acreditava que a alegada dificuldade de falar na Prefeitura fosse só da empresa. “Não é, não, porque eu também não consegui”, concluiu, achando essa situação ‘desrespeitosa com os trabalhadores’ cujos empregos estão ameaçados.

EMPRESA – Na Macacari, o diretor José Eduardo Macacari disse ao HORAH que “não houve nenhum avanço” nas negociações com Rafael e Moretto, depois do encontro que tiveram na 4ª feira (3) à tarde. “Está do mesmo jeito. O pior é que eles sabem que não tem mais condições de tocar a empresa, mas não dão nem resposta”, desabafou. O empresário voltou a afirmar que a planilha de custos para justificar reajuste de tarifa de R$ 3,50 para R$ 4,00 está na Prefeitura, faz tempo.

COMO FICA – Caso chegue ao ponto de a empresa se retirar do transporte coletivo de Jaú e demitir os 290 funcionários diretos, a Prefeitura terá de se responsabilizar pelo serviço. São duas as alternativas imediatas para não deixar a população sem transporte: assumir as linhas por conta própria (e com veículos próprios) ou contratar nova empresa emergencialmente, com prazo para abrir licitação, depois.

RESPONSABILIDADE – Nenhuma dessas possibilidades, porém, isenta o Município de ser acionado judicialmente para pagar eventual indenização à Macacari. Isso sem falar no grave impacto econômico-social que será causado com as demissões, o que agravaria ainda mais a fragilizada economia municipal. Uma negociação franca, transparente e responsável, nesse momento, é o melhor a ser feito.

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