Dezenas de ciclistas permaneceram perfilados lado a lado e com as bicicletas com a roda da frente erguida no acesso ao Cemitério da Saudade no domingo 30, em Marília, escoltando o carrinho funerário que transportava o caixão com o corpo do colega Elissandro Hipocreme, de 44 anos. Ele morreu ao ser atropelado por carro também de Marília, quando pedalava com mais dois colegas pelo acostamento da SP-333 em Júlio Mesquita, município a 37 km de distância.
Era por volta das 8h do sábado 29, quando um VW Fox conduzido por um psiquiatra de 50 anos bateu contra a bicicleta de Elissandro e a de Yen Yen Lin, 42. O primeiro, gravemente ferido, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local; Yen foi socorrido em estado grave ao Hospital das Clínicas (HC) de Marília e, depois de estabilizado, transferido para a Santa Casa, onde permanece internado. Uma terceira ciclista que seguia mais à frente dos colegas, não foi atingida — eles estavam em fila indiana no acostamento da rodovia.
O motorista, que parou para prestar socorro e aguardou a chegada da polícia e da perícia, alegou não ter visto os ciclistas porque teve a visão ofuscada pelo Sol naquele momento; submetido ao bafômetro, testou negativo. Porém, ele estava com a CNH vencida. Elissandro era casado, deixou um filho menor de idade e a mulher grávida.
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