MANIFESTAÇÃO OCORRE UM DIA APÓS JARDINEIRO SER MORTO POR CARRO EM ALTA VELOCIDADE EM JAÚ
Com apoio de alguns motociclistas, grupo de aproximadamente 50 ciclistas participou de manifestação por mais segurança no trânsito de Jaú, na manhã deste domingo (16). Apesar da mobilização em vários grupos de WhatsApp no sábado e da expectativa de adesão maior, a chuva acabou atrapalhando. Mas o resultado foi satisfatório, segundo os organizadores.
“Prestamos uma homenagem ao trabalhador que foi atropelado e morto ontem na Av. João Franceschi, nos solidarizamos com a família dele, fizemos uma oração e cobramos melhorias no trânsito, com foco nos ciclistas e pedestres”, explicou o empresário João Ricardo Zugliani. A concentração foi no Beco (Praça Centenário) e a manifestação no local do acidente ocorrido ontem.
“Faltam ciclovias na cidade, lombadas físicas ou eletrônicas, radares”, comentou João Ricardo, lembrando que a quantidade de usuários de bicicletas aumentou muito em Jaú, seja para a prática de exercícios físicos, lazer ou locomoção para o trabalho, como foi o caso do jardineiro José Roberto Convite, 42 anos. Atropelado por um Audi em alta velocidade por volta das 6h40 do sábado, ele morreu com múltiplas fraturas e hemorragia interna ao ser arremessado há mais de 20 metros de distância; o condutor do veículo, que ainda bateu e deslocou um poste de concreto, fugiu e é procurado pela polícia.
“Ourinhos (distante 169 km de Jaú) tem 80 quilômetros de ciclovias e Jaú comporta a mesma coisa ou até mais, só que não temos nada”, pontuou o professor Airton Pinto. O grupo de ciclismo que ele integra discutiu a importância de “falar com vereadores, com a prefeitura e até com o Ministério Público e chamar todo mundo para um debate público que determine melhorias no trânsito de Jaú”. O professor também advertiu para a necessidade “de se cobrar Justiça” no caso do trabalhador morto ontem.
“Andamos de bicicleta quase todos os dias e passamos sempre por essa avenida, no mesmo local onde este homem foi morto. Poderia ser com qualquer um de nós ou com um pedestre”, falou João Ricardo. A morte do jardineiro José Roberto “não pode cair no esquecimento, até porque este não foi o primeiro acidente nesta avenida; muitas pessoas já ficaram feridas ou morreram nesse local, que não tem nenhum dispositivo de segurança ou de controle de velocidade”, destacou Airton Pinto.
HORAH – A verdade dos fatos
