As polêmicas envolvendo Jaú no enfrentamento da Covid-19 se justificam pelo pífio desempenho da cidade no ranking da vacinação. A cidade é apenas a 593ª quando o assunto é a aplicação das doses recebidas do estado, ficando à frente de apenas 52 dos 645 municípios paulistas, e a 467ª na administração da 1ª dose do imunizante. Sem falar na proeza de ter vacinado ‘idosos’ de 18 anos e aplicado neles mais que o dobro da 2ª dose em relação à 1ª, segundo dados oficiais informados pela Secretaria da Saúde à Câmara Municipal.
Números do sistema Vacinaja, do governo do estado, apontam Jaú em 467º lugar no ranking geral de aplicação da 1ª dose, beneficiando apenas 22,7% da população até o sábado (5). A pequena Águas de São Pedro está em 4º, com 50,3%; Bariri em 226º, com 27,8%; e Bauru em 249º lugar, com 27,3% da população vacinada. A liderança é de Botucatu, escolhida para sediar estudo do Ministério da Saúde, com 76,9%.
No ranking de aplicação das doses recebidas por cada município, de novo Jaú está entre os últimos: é apenas o 593º da lista das 645 cidades paulistas. Nesse quesito, a cidade usou apenas 74,97% das doses que recebeu – ou seja, recebeu 73.593 imunizantes contra a Covid e usou apenas 55.176. Bocaina é a 32ª do ranking (97,93%), Itaju a 176ª (88,69%), Barra Bonita a 199ª (87,79%) e Brotas a 366ª (83,49%).
Respostas da Saúde à Câmara criaram muita polêmica no último mês, levando inclusive à proposta de uma Comissão de Inquérito para investigar o fraco desempenho jauense na vacinação. Requerimentos e ofícios dos vereadores à Prefeitura cobram explicações para informações incabíveis, como a vacinação de ‘idosos’ de 18 anos, quilombola e indígena que não existem na cidade e uso maior da 2ª dose do que da 1ª, o inverso do que acontece no estado inteiro.
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