Cirurgião plástico é acusado de abusar sexualmente de ao menos duas mulheres no consultório

Clínica onde abusos teriam acontecido, segundo as vítimas (FOTO: Reprodução/TV Fronteira)

CASOS FORAM REGISTRADOS NA POLÍCIA E O MÉDICO DENUNCIADO PELO MP POR ‘ESTELIONATO SEXUAL’

Duas pacientes acusaram o cirurgião plástico João Paulo de Almeida Lotes, 46 anos, de abusar sexualmente delas no consultório, em Presidente Prudente. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público (MP). Boletim de Ocorrência feito em julho por uma das vítimas registra que ela foi ao consultório para avaliação pós-cirurgia, ocasião em que o médico sugeriu um procedimento íntimo.

Tratava-se de um spray de lubrificação ainda experimental e não disponível no mercado, para garantir prazer nas relações. O médico a teria convencido a aplicar o spray ali mesmo no consultório, para testar a eficácia do produto, quando os abusos teriam começado. Como o produto só agiria se a paciente estivesse estimulada, o próprio cirurgião passou a massageá-la, provocando “uma situação muito constrangedora”, contou à polícia.

Consta do B.O. que ela só conseguiu se desvencilhar do médico ao dizer que havia tido um orgasmo. O cirurgião teria sugerido, então, que ela voltasse em 30 dias para repetir o processo, mas que não era para comentar com ninguém sobre o spray. “Que ele seja preso, que ele pague pelo que fez”, relatou a vítima. Outra mulher fez denúncia semelhante contra o mesmo médico ano passado e também registrou B.O. “Eu falei para ele parar, levantei da maca e disse que tinha sido abusada. Ele, namaior cara de pau, falou: ‘Mas foi tão ruim assim?’” – comentou. Ambas pediram para não ser identificadas.

Para a polícia e o MP o médico cometeu crime de violação sexual mediante fraude, o que pode ser resumido por ‘estelionato sexual’. Ou seja, ele se aproveitou da confiança das clientes para enganá-las e se aproveitar delas. A pena neste caso varia de dois a seis anos de prisão. Por meio de mensagem de texto, o médico disse à TV Fronteira de Prudente que não ia se manifestar sobre as acusações.

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