Com 2 votos contrários, Câmara aprova CP para cassar vereadores afastados por investigação do GAECO

Momento em que o 1.o secretário Marcos Brasil chacoalhava os papéis com os nomes dos vereadores para sorteio dos membros da CP, sob olhar do presidente Maurílio Moretti (FOTO: Reprodução TV Câmara)

Com os votos contrários dos dois suplentes do PDT, vereadores Fernando Barbieri e Fábio Dornelles, popular Fábio da Saúde, a Câmara Municipal de Jaú aprovou abertura de Comissão Processante (CP) cuja finalidade é cassar os mandatos dos vereadores que estão afastados das funções por causa das investigações do GAECO na cidade. Três membros já foram sorteados para a condução dos trabalhos, pela ordem: Marcos Brasil, Chico Quevedo e William Oliveira, todos da base governista.

Os afastados são todos da oposição: José Carlos Borgo (PDT), que está no cumprimento do 8.o mandato legislativo; Mateus Turini (PDT) e Luiz Henrique Chupeta (PP). Eles são investigados pelo GAECO por terem supostamente recebido benefícios de empresários do ramo imobiliário da cidade para votar projetos de interesse deles na Câmara; contudo, há outros igualmente citados e investigados, mas que não chegaram ser afastados, como os governistas Tito Colo, Fernando Toledo e Rodrigo da ONG (que se licenciou para ocupar uma secretaria municipal), e os oposicionistas Luizinho Andretto e Fábio Souza.

A representação com o pedido de abertura de CP contra os três afastados foi levada à Câmara pelo PM da reserva Airton Troíjo, aliado político do prefeito Ivan Cassaro (PSD), que alega quebra de decoro parlamentar dos vereadores para que sejam cassados. Após a leitura da denúncia, vários vereadores se pronunciaram, sendo que só Fábio da Saúde pediu a rejeição da CP. “Não recebemos as provas nem nada do GAECO. Nove vereadores estão sendo investigados, mas só três estão sendo massacrados”, argumentou.

Após aprovação da CP e sorteio dos membros, a sessão foi suspensa pelo presidente Maurílio Moretti por 15 minutos para que os três pudessem definir como seria a condução dos trabalhos de apuração das acusações. Na volta aos trabalhos, foi feita a leitura do ato de constituição da CP, estabelecendo prazo de 5 dias para início dos trabalhos e 90 dias para conclusão das apurações. Os três membros decidiram que Marcos Brasil (União) será o presidente da CP, Chico Quevedo (União) o relator e Wiliiam Oliveira (Avante), membro.

Sessão foi suspensa para que membros da CP decidissem a função de cada um deles (FOTO: Reprodução)

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