
Assim mesmo, gastos são gigantescos para a realização do evento, o que revela inversão de prioridades da gestão Ivan Cassaro
De 8 a 17 de agosto, coincidindo com a semana de aniversário da cidade, a prefeitura vai realizar mais uma edição da ExpoJaú, retomada em 2023, depois da pandemia. Apesar de continuar usando o bordão de ‘a melhor Expo de todos os tempos’, a grade de shows dessa vez ficou bem abaixo dos anos anteriores, especialmente de 2024, que foi ano eleitoral, quando grandes nomes da música estiveram no palco do evento em Jaú.
Dessa vez serão 10 shows, sendo oito gratuitos e dois pagos: de Luan Pereira e Alexandre Pires, o primeiro com custo médio apurado na internet de R$ 200 mil e o segundo, de R$ 500 mil. Podem ser considerados de ponta os shows de Bruno & Marrone (média de R$ 500 mil), Ana Castela (R$ 500 mil) e Simone Mendes (R$ 400 mil); menos expressivos, os de Gustavo Miotto (R$ 350 mil), Pedro Sampaio (R$ 400 mil) e Cesar Menotti & Fabiano (R$ 300 mil).
Completam a grade de shows Padre Fábio Melo (R$ 200 mil), Israel Salazar (R$ 80 mil). Na média, também, o custo total com a contratação de shows pode ficar entre R$ 2,8 milhões a R$ 3,2 milhões, fora custos adicionais com estrutura de palco, iluminação e som (média de R$ 500 mil), equipe técnica e seguranças (R$ 250 mil), hospedagem e alimentação (R$ 150 mil), publicidade (algo em torno de R$ 100 mil), licenças e seguro (R$ 80 mil). Ainda pela média, o custo total do evento pode girar em torno dos R$ 3,8 milhões a R$ 4 milhões.

“Esse contexto de contratar uma empresa que cuida do recinto e dos shows, iniciado em 2023 pela atual administração, é mantido dessa vez também, mas sem o mesmo impacto dos anos anteriores. É visível isso. Agora, não vamos esquecer que as pessoas ficaram praticamente um ano e meio da pandemia sem nenhum tipo de recreação coletiva, então se encanta facilmente com tudo”, observou o vereador Mateus Turini.

Pior é saber que apesar dos gastos com Expo, faltam remédios básicos nos postinhos de saúde municipais, conforme reclamações diárias da população; só médicos recém formados estão atualmente na rede; qualquer consulta com especialista ou exame tem de ser feito fora da cidade; que neste mês a Prefeitura demorou 20 dias para pagar o complemento salarial dos servidores da Saúde, mesmo com os recursos repassados pelo governo federal; e, para completar, as horas extras dos servidores estão atrasadas. Isso sem falar em obras inacabadas, como a reforma do campo municipal (3 anos), da piscina municipal (quase 4 anos), do Museu (que não funcionou nessa gestão) etc., o que demonstra inversão de prioridades do governo Ivan Cassaro (PSD).
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