HORAH antecipou a informação no rádio, na 4ª feira (20); ‘rolezinhos’ também serão combatidos com apoio da PM
Como HORAH já havia adiantado com exclusividade na 4ª feira (20), ao entrevistar o secretário municipal Carlos Ramos ‘kakai’, na tarde desta 5ª feira (21) o prefeito Rafael Agostini confirmou a realização de barreiras sanitárias nas entradas de Jaú a partir de amanhã. “A Prefeitura e a Polícia Militar estão organizando uma grande operação de enfrentamento do coronavírus. Barreiras sanitárias vão ser criadas (…) com objetivo de controlar as entradas e saídas da cidade”, anunciou em vídeo postado no Facebook.
‘ROLEZINHOS’ NA MIRA – Funcionários da Saúde estarão nessas barreiras para avaliar o estado clínico de quem chega a Jaú, inclusive com medição da temperatura corporal, “para impedir que pessoas tragam mais vírus em circulação”. Os locais das barreiras não foram divulgados, mas serão ‘estratégicos’, informaram tanto Kakai quanto Rafael – provavelmente avenidas de grande fluxo que são acessadas pelo contorno rodoviário de Jaú. “A PM também vai fazer diversos comandos para impedir aglomerações e ‘rolezinhos’ em pontos bastante problemáticos (incluindo avenidas e espaços públicos)”, acrescentou o prefeito, referindo-se às ‘savanas’ ou ‘babilônias’, como são chamadas, que têm reunido até mil jovens todo fim de semana, “colocando a saúde e a vida das pessoas em risco”.
PANDEMIA – Toda essa operação de guerra terá início no final da tarde da 6ª feira (22), resultado, segundo Rafael, “do agravamento da pandemia na cidade”. Os números divulgados pela Secretaria da Saúde hoje seguem o crescimento geométrico dos últimos dias: 151 casos confirmados de Covid-19 e 5 mortes de pessoas residentes na cidade (uma a mais do que havia ontem); um óbito suspeito e 7 de pacientes de outras cidades, encaminhados para tratamento em Jaú; 48 casos suspeitos e 84 curados. Para efeito de comparação, Marília, com 100 mil habitantes a mais do que Jaú, atingiu hoje 40 casos positivos de Covid-19.
IRRITAÇÃO – Presidente do Sincomércio, o empresário Beto Pena falou que “a sociedade está no limite”, depois de quase 60 dias de quarentena, e que propôs um plano de retomada econômica ao prefeito, como “pontapé inicial para trazer outros segmentos além do comércio”. Visivelmente incomodado, ele voltou a cobrar a criação de um comitê gestor multidisciplinar com participação de todos os segmentos da sociedade para avaliar e montar um planejamento conjunto para reativar a economia.
“Tá faltando comunicação, alguém assumir isso, para assim que tiver uma estabilidade na saúde, termos planos sérios para fazer a economia virar novamente”, cobrou. “Tudo é estratégico e não estou vendo o setor público chamar a responsabilidade pra si. Está partindo muito da gente e estamos tendo muita dificuldade. Não é possível que numa crise desse tamanho nenhum líder público ou empresarial apareça” para dar segurança e passar confiança à população do que está sendo preparado para a volta à vida normal, concluiu Beto Pena.
(c/ colaboração de Luiz Monteiro)
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