CONFIRMADO: ASSEMBLEIA DOS SERVIDORES SERÁ LOGO APÓS REUNIÃO NA PREFEITURA

Indignação dos servidores foi estampada em cartazes na última sessão da Câmara (FOTO: Reprodução HoraH)

CATEGORIA ESPERA NOVO ÍNDICE DE REAJUSTE BEM SUPERIOR AOS 5% OFERECIDOS INICIALMENTE; decisão deve sair amanhã

Assim que terminar a reunião na prefeitura, de onde se espera contraproposta com novo índice de correção salarial acima dos 5% ofertados inicialmente, os servidores de Jaú vão retomar assembleia extraordinária no cine municipal, às 19h, para decidir o que fazer. Edital de convocação para continuidade da assembleia aberta no dia 11 foi divulgado nesta tarde pelo presidente do sindicato da categoria, Edenilson de Almeida.

Por unanimidade, os servidores rejeitaram o primeiro índice oferecido pelo prefeito Ivan Cassaro e esperam ao menos pela correção da inflação dos anos que estão sem reajuste e o que restou da gestão passada, que chega aos 20,40%. O pedido que está na pauta de reivindicações é de 25,40%, pois inclui 5% de ganho real sobre os salários atuais pagos pela prefeitura – como HORAH já noticiou, 62,44% dos servidores ganham menos do que R$ 3 mil mensais e 120 deles estão abaixo de R$ 990.

HORAH também já informou que os novos índices mais comentados nos bastidores da prefeitura e câmara ficam entre 8% e 11%, considerados insuficientes para ao menos repor as perdas inflacionárias do período. Qualquer que seja o percentual, a aplicação será retroativa à data-base da categoria, 1º de março. Caso não aceitem eventual nova contraproposta, os servidores podem optar também por decretar estado de greve enquanto continuam negociando com a administração.

Atualmente são cerca de 3.200 servidores e agentes políticos (nomeados em comissão, sem concurso público) na prefeitura de Jaú. Desse total, mais da metade (58,1%) recebe de R$ 1 mil a R$ 3 mil mensais. Entre os salários mais altos, que vão de R$ 7 mil a R$ 22,6 mil, estão apenas 140 pessoas, incluindo o prefeito. De acordo com o sindicato, a folha representa hoje menos de 40% do orçamento municipal, podendo chegar a 51% do limite prudente recomendado pela Lei de Responsabilidade Fiscal sem comprometer as finanças públicas. Apesar disso – e do excesso de arrecadação em 2021 – a prefeitura alega falta de recursos, argumento não considerado quando o prefeito deu 54,35% de aumento para secretários, que hoje recebem cerca de R$ 10 mil mensais.

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