Conselho de Arquitetura repudia racismo contra profissional; caso na polícia

Imóvel foi comprado há dois anos e problemas não param de aparecer (FOTO: Reprodução/redes sociais)

Depois do registro de boletim de ocorrência policial por racismo, agora o arquiteto mariliense Pedro Leonardo Negreiros Bonani, 28 anos, ganhou também o apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) de SP. Em nota, a entidade repudiou “toda forma de preconceito, seja de etnia, gênero, orientação sexual, idade ou qualquer outras” e se referiu ao episódio envolvendo o arquiteto como “caso de racismo e injúria racial”. O caso está sob investigação policial e tem tudo para acabar na Justiça.

O arquiteto Pedro foi chamado de ‘macaco’ pelo empresário que vendeu a casa para ele (FOTO: Reprodução/Giro Marília)
Caso relatado pelo arquiteto nas redes sociais (FOTO: Reprodução)

Pedro Bonani é filho do pipoqueiro ‘Bozó’, falecido em 2020 e que ficou bastante conhecido na cidade por comercializar pipoca no Centro e ser visto pelos políticos como uma espécie de ‘termômetro’ popular para eleições e avaliação de desempenho dos governos municipais. Casado, a esposa de Pedro está grávida de cinco meses e, segundo ele, vive sob tensão e estresse por causa do imóvel que compraram do empresário C.E.R. (só as iniciais foram divulgadas), dono de uma construtora.

Cansado de reclamar das más condições da casa, recentemente Pedro enviou mensagem de WhatsApp ao empresário cobrando reparos contra infiltrações, trincas e bolores que pioraram com a temporada de chuva. Em troca, foi chamado de ‘macaco’ pelo empresário e ameaçado, situação que acabou na polícia e foi tornada pública nas redes sociais do arquiteto. “Eu não paguei a casa para viver nessas condições”, escreveu para o empresário. “Moro em uma casa que paguei via financiamento bancário e que apresenta diversas patologias, entre elas trincas nos muros dos fundos e laterais e infiltrações que danificam a elétrica”, justificou depois.

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