
Publicação feita pelo COMUS – Conselho Municipal de Saúde no Diário Oficial da 3.a feira 3, com deliberações da última reunião plenária realizada em 27/11, deixa claro que o órgão já começa a transferir para o prefeito eleito Vinicius Camarinha (PSDB) todas as cobranças não atendidas pelo atual gestor Daniel Alonso (PL). Curiosamente, isso acontece antes ainda da posse de Vinicius em 1.o de janeiro de 2025, mostrando que ele não terá folga e, sim, problemas de sobra para equacionar na saúde.
Sobre a sabida falta de AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros nos prédios ocupados pelas unidades de saúde municipais, deixando assim de atestar a segurança desses locais, o COMUS foi taxativo ao afirmar que Daniel não tomou as providências necessárias e encurralou Vinicius: “(…) assuma essa responsabilidade, pois coloca em risco as vidas de usuários e trabalhadores”. Outra cobrança é sobre as rescisões dos contratos de trabalho dos funcionários do PSF – Programa Saúde da Família, com o devido acerto financeiro antes da emissão da ordem de serviço da renovação contratual por força de liminar judicial.
Outro tema que voltou à cena e que já foi abordado inclusive na Câmara, pelo vereador e ex-secretário de Saúde do atual governo, Dr. Nechar (PSB), é a urgente reforma de todas as unidades de saúde municipais. O COMUS reitera que “a estrutura física dos prédios está precária, já foi orçada em R$ 18 milhões, sendo que muitas delas colocam em risco a vida dos usuários e trabalhadores por suas péssimas condições”. Apesar de comunicado diversas vezes pelo COMUS, Daniel não providenciou tais reformas.
Não obstante tudo isso, o COMUM ainda cobra “documentos com o valor total de dívidas com todos os prestadores de serviços da Saúde, incluindo de medicamentos, e as justificativas pelo não pagamento delas”; a troca dos computadores e manutenção da rede; a substituição ou instalação de aparelhos de ar condicionado, inclusive nas farmácias municipais onde há “risco de perda de medicamentos”; a troca de veículos sucateados e substituição das ambulâncias queimadas na antiga garagem da Saúde; contratação de mais pessoal e até compra de estoques.
O documento é assinado pela presidente do COMUS, Tereza Aparecida Machado, com quem HORAH tentou contato, mas não obteve retorno ainda. O órgão também reitera que não aprovou a terceirização do SAMU e cita diversas questões burocráticas e administrativas da Saúde que passarão a ser cobradas agora da futura secretária Dra. Paloma Libanio, anunciada recentemente pelo prefeito eleito Vinicius Camarinha. Ambos já disseram que os problemas da saúde são tantos que vão exibir um plano especial de 100 dias com esforço concentrado e mutirões, só para pôr em ordem os atendimentos atrasados à população.
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