Coronel aposentado que matou funcionário de motel é condenado, mas colocado em liberdade

Coronel Dhalbian e a vítima, Daniel (FOTOS: Reprodução redes sociais)

Apesar de ter sido condenado a 6 anos de reclusão em regime inicial semiaberto pela morte do ajudante Daniel Ricardo da Silva, 37 anos, o coronel aposentado da PM Dhaubian Barbosa, 59, foi colocado em liberdade por já ter cumprido 2 anos de prisão preventiva no presídio militar Romão Gomes, em SP. O julgamento foi iniciado na 3.a feira 26 e concluído na noite do dia seguinte no Fórum de Marília. O réu também foi condenado a 6 meses por fraude processual, em regime aberto.

Submetido ao Tribunal do Júri, a sentença do coronel foi assinada pelo juiz substituto Leonardo Beltran, que também expediu o alvará de soltura do réu. A defesa sustentou desde o início a tese apresentada pelo coronel, de que matou em legítima defesa, motivo pelo qual promete recorrer pela absolvição. Dhaubian foi ouvido durante o julgamento por cerca de 3 horas e contou que suspeitava de um caso de Daniel com a mulher dele, também PM, motivo pelo qual já haviam discutido antes, tendo sido ameaçado pela vítima.

Em 31 de outubro do ano passado, por volta das 6h, o coronel esperou Daniel entrar em serviço no motel de propriedade dele, na SP-294, em frente à penitenciária de Marília, quando aconteceu o crime. Após conversarem e discutirem, Dhaubian fez disparos com um revólver calibre 38 que acertaram a vítima nas costas e nas nádegas, matando-a no local; outro tiro acertou de raspão a perna de uma funcionária do motel do coronel.

Após fugir e se esconder, o coronel foi localizado e preso pela polícia de Marília, sendo encaminhado para o presídio militar na Capital; câmeras de segurança do motel tiveram as imagens recolhidas e todas as testemunhas foram ouvidas; a denúncia apresentada inicialmente pelo Ministério Público (MP) foi de homicídio duplamente qualificado, mas a condenação ocorreu por homicídio simples.

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