Covardia: homem confessa agressões que mataram filho de 6 meses, porque ele não parava de chorar

Caso foi registrado na CPJ de Marília; menino é citado como vítima que agiu em legítima defesa de terceiro - no caso, a mãe (FOTO: Reprodução/Jornal da Manhã)

A polícia de Marília está investigando um caso de covardia extrema ocorrido nesta 6.a feira 1, nos predinhos da CDHU, zona sul da cidade. Dorival Soares dos Reis Neto, 29 anos, desempregado, teria confessado agressões na cabeça do próprio filho de apenas seis meses, que, gravemente ferido, não resistiu e morreu. A PM chegou a ser chamada, mas quando chegou ao local praticamente não tinha mais o que fazer.

Uma ambulância ainda chegou a ser mandada para os predinhos, transportou o bebê para o Hospital Materno-Infantil no centro de Marília, mas, desacordada, com marcas de mordidas pelo corpo e muitos hematomas, acabou tendo o óbito confirmado. As informações constam do boletim de ocorrência registrado pelo delegado Edner Rogério Ferreira, da DIG, que agora passa a investigar o caso.

Quando os vizinhos perceberam que o bebê John Soares dos Reis Oliveira Dias havia sido agredido pelo próprio pai, cercaram o apartamento e passaram a espancá-lo inclusive a pauladas, exigindo a intervenção dos policiais para evitar que fosse morto no local; o apartamento de Dorival foi invadido e quase todo destruído. Ferido, o homem foi levado para receber atendimento médico no Hospital das Clínicas (HC) e, de lá, para a CPJ.

Ouvido em declarações, o homem teria confessado as agressões ao filho. Apesar de extraoficiais, as informações são de que ele teria justificado que ‘perdeu o controle’ por causa do choro insistente do bebê, então bateu com violência contra a cabeça dele, depois ainda colocou debaixo do chuveiro e deixou no berço, de bruços, enquanto foi ver um filme. Quando terminou, foi ao quarto e notou que John não respirava.

Por se tratar de crime inafiançável, Dorival permaneceu preso na CPJ e passará por audiência de custódia neste sábado 2, quando a Justiça irá determinar o futuro do homem. A esposa dele, de 23 anos, foi ouvida em declarações pela polícia e liberada. O corpo do bebê seguiu para exames no IML, que divulgará um laudo dentro dos próximos 30 dias.

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