CP da Carteirada – COM 8 VOTOS FAVORÁVEIS, PROCESSO FOI ARQUIVADO PELA CÂMARA

Vereadora Prof.a Daniela quando depôs à CP da Carteirada (FOTO: Reprodução)

VEREADORA PROF.a DANIELA ERA ACUSADA DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA E QUEBRA DE DECORO

Vereadores de Marília arquivaram Comissão Processante (CP) contra a vereadora Prof.a Daniela Alves (PL), que poderá tomar posse para o mandato 2021-24, para o qual foi reeleita em 15/11. Ela era acusada de tráfico de influência e quebra de decoro parlamentar no conhecido Caso da Carteirada, mas foi absolvida da perda do mandato por oito votos favoráveis, três contrários e uma abstenção. A votação foi nesta 5ª feira (3), em sessão extra na Câmara.

Ten-Cel Cristal também depôs à comissão na Câmara (FOTO: Reprodução)
Sargento Alan foi tirado do Trânsito após guinchar carro da vereadora: ‘para concluir curso’, justificou PM (FOTO: Divulgação)

Prof.a Daniela teria usado da influência de vereadora ao telefonar para a então comandante do 9º Batalhão da PM, Tenente-Coronel Márcia Cristal, quando teve o carro apreendido pelo Sargento Alan Fabrício, em 16/8, sob alegação de estar com pneus carecas e documentação vencida. A filha da vereadora dirigia o veículo na ocasião. Após a ligação, a comandante telefonou para o Sargento e pediu que ele agisse com “bom senso”, sob pena de ser transferido do Trânsito.

O diálogo vazou nas redes sociais e o caso ganhou repercussão estadual. “Olha o que você tá causando, porque politicamente ela é vereadora (…). O que você tá achando que você é?” – disse comandante Cristal. Enquanto Sargento Alan foi tirado das ruas para concluir um curso, Cristal permaneceu distante das funções e, recentemente, acabou transferida para a chefia do Estado-Maior no Comando de Policiamento do Interior (CPI) de Bauru.

VOTAÇÃO – Na votação de hoje, o relator da CP Mário Coraíni Jr, Cícero do Ceasa, Danilo da Saúde, João do Bar, Nardi, Delegado Damasceno, Zé Luiz Queiroz e o presidente Marcos Rezende votaram pelo arquivamento da CP da Carteirada. Segundo Rezende, não teve quebra de decoro porque o documento do carro estava no prazo permitido para renovação (15 dias após o vencimento) e, segundo laudo científico, os pneus não estavam carecas. A favor do seguimento do processo foram o presidente da CP, Albuquerque, Marcos Custódio e Maurício Roberto. A única abstenção foi de Evandro Galete.

DEPOIMENTOS – Ao longo da CP oito pessoas foram ouvidas pelos integrantes da comissão. Foram dois oficiais da PM, três jovens que teriam presenciado a apreensão do veículo da vereadora em agosto, ela própria, Sargento Alan e a comandante Tenente-Coronel Márcia Cristal.

HORAH – Você sabe das coisas