Crime no motel: ex-mulher de coronel é denunciada pelo MP

Coronel Dhalbian e a vítima, Daniel (FOTOS: Reprodução redes sociais)

Ex-mulher do coronel da reserva Dhaubian Braga, a PM Adriana Luiza da Silva foi denunciada pelo Ministério Público por modificar a cena do crime no assassinato de Daniel Ricardo da Silva, em 31 de outubro de 2021. Ele foi morto com 3 tiros por Dhaubian quando chegava para trabalhar no motel de propriedade do coronel, às margens da SP-294 no Distrito de Pe. Nóbrega, em Marília. Dia 3 de novembro o militar se apresentou à polícia alegando que Daniel era amante de Adriana, mas que agiu em legítima defesa. Desde então está preso e recolhido ao presídio militar Romão Gomes em SP.

Armas apreendidas na casa do coronel, dono do motel (FOTO: Reprodução/P. Civil)
Motel onde crime aconteceu fica no distrito de Nóbrega, em Marília (FOTO: Divulgação)

O promotor de Justiça Mário Yamamura foi autor da denúncia contra Adriana oferecida na última 3.a feira 13. A mulher teria invadido a cena do crime para retirar o celular da vítima antes da realização da perícia. Ao depor, a ex-mulher do coronel omitiu o relacionamento amoroso com Daniel, dizendo apenas que o havia contratado no motel com objetivo de “gravar as conversas de seu companheiro Dhabian, pois desconfiava que estava sendo traída”. Essa arquitetura feita por ela teria a intenção de levar a perícia e a própria Justiça a erro na conclusão dos fatos. Diz o promotor na denúncia que se trata de crime com pena prevista de dois a quatro anos de prisão, mais pagamento de multa.

O inquérito policial concluído em 25 de novembro do ano passado, inclusive com a reconstituição dos fatos, apontou para crime passional. Dhaubian teria matado Daniel porque ele mantinha relacionamento amoroso com a então esposa dele. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança do motel, inclusive os dois primeiros disparos. Após os tiros, o coronel evadiu-se do local e um dia antes de se apresentar, os policiais apreenderam verdadeiro arsenal de armas nos endereços dele, até mesmo um fuzil. Preso, ele já impetrou três pedidos de liberdade, todos negados pela Justiça. Em todos eles, alega legítima defesa, bons antecedentes e o fato de ter colaborado com as investigações.

  • c/ informações G1
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